SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Ibovespa abriu a quarta-feira (29) em alta e superou a casa dos 127 mil pontos pela primeira vez desde meados de 2021, com o crescimento da expectativa de que o Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) tenha encerrado o ciclo de aperto monetário.
Às 10h06, o principal índice da Bolsa subia 0,49%, a 127.158,23 pontos. Já o dólar registrava alta de 0,27%, cotado a R$ 4,8860, às 9h48.
O mercado ainda sofre impacto pelas apostas sobre o futuro da política de juros americana, enquanto investidores aguardam novos indicadores sobre a economia dos Estados Unidos, incluindo dados de PIB (Produto Interno Bruto) e inflação, previstos para esta manhã.
Sinalizações recentes de autoridades do Fed aumentaram apostas de que a alta dos juros americanos chegou ao fim. Agora, o mercado busca alinhar apostas sobre quando o ciclo de queda das taxas deve começar.
Na terça (28), a Bolsa brasileira terminou o dia em alta de 0,64%, aos 126.538 pontos, impulsionada pelas ações da Petrobras, que acompanharam a subida do petróleo no exterior. Na máxima da sessão, o Ibovespa atingiu os 126.916 pontos.
Como pano de fundo, investidores repercutiram a divulgação do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15), que acelerou a 0,33% em novembro. Mesmo com a alta, a leitura é que os novos dados não afetam as projeções de cortes de juros no Brasil.
Além disso, o Ministério do Trabalho divulgou que o Brasil abriu 190.366 vagas formais de emprego em outubro, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), mais que o esperado pelo mercado.
Na ponta negativa, ações de empresas do setor de varejo como Magazine Luiza e Grupo Soma ficaram entre as maiores quedas da sessão.
Já o dólar caiu 0,56% e terminou o dia cotado a R$ 4,871, pressionado justamente por declarações de uma autoridade do Fed que indicou queda nos juros do país.
A perspectiva de juros menores nos EUA tende a pesar contra a divisa pois diminui a atratividade da renda fixa do país, favorecendo a alocação de recursos em mercados mais arriscados, como a renda variável e países emergentes.
Redação / Folhapress