A prova de redação do chamado Provão Paulista foi aplicada nesta quinta-feira (30). Mas o tema chegou ao conhecimento de alunos um dia antes do que deveria.
A proposta era: “Combate à fome: o dever do Estado e da sociedade”, e foi citada em publicações nas redes sociais na quarta-feira.
Uma usuária relatou nos comentários de um post que a escola dela havia aplicado a redação em dia errado, na véspera do que era previsto.
A fundação Vunesp é a responsável por aplicar a prova, criada para ser o vestibular dos alunos do ensino público e forma de ingresso nas universidades públicas como USP, Unicamp, Unesp, Univesp e as Fatecs.
A prova havia sido adiada por um dia com o anúncio das greves unificadas contrárias às privatizações no estado. E a versão para os alunos do 3º ano, que cairiam nos dias 28 e 29 de novembro, foi remarcada para o dia 29 e esta quinta-feira.
Cerca de 400 mil estudantes matriculados no último ano do ensino básico participaram do segundo dia de aplicação, concorrendo a 15 mil vagas. As provas para 1º e 2º ano estão sendo aplicadas hoje e na segunda feira.
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) recebeu críticas recentemente após anúncio do uso de material 100% digital na rede estadual e do abandono ao Programa Nacional do Livro e Material Didático. Professores e alunos também reclamam frequentemente das plataformas online de ensino oferecidas pela pasta.
O governo estadual também definiu cortar pela metade a carga horária das disciplinas de humanas como artes e filosofia e aumentar a carga horária de português e matemática.
Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) disse que “recebeu informações de possível vazamento do tema da redação em três escolas localizadas na zona leste de São Paulo, em Campinas e São Carlos. Diante disso, a Secretaria irá instituir uma comissão, com publicação em Diário Oficial na semana que vem, para apurar o ocorrido no primeiro dia de realização do Provão Paulista, em 29 de novembro“.