Hospital confirma a morte de jovem espancado por bandidos em assalto no Rio

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A direção do Hospital Municipal Souza Aguiar confirmou o falecimento do jovem de 28 anos que teve a morte cerebral após ser agredido por bandidos durante um assalto no centro do Rio.

O auxiliar de imigração do Aeroporto do Galeão, no Rio, Leonardo Alves Quintanilha, teve o protocolo de morte cerebral iniciado no domingo (3) e faleceu na tarde desta terça-feira (5) após a conclusão do procedimento médico.

Os detalhes do caso estão restritos à família e a Polícia Civil, informou a direção do hospital à reportagem.

O corpo de Leonardo será encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal).

Ainda não há informações sobre o velório e sepultamento do jovem.

RELEMBRE O CASO

A família recebeu uma ligação na terça-feira (28) informando que o Leonardo havia sido agredido em um assalto em um ponto de ônibus.

O jovem havia levado um amigo até o local quando foi abordado por cinco criminosos, que saíram de um ônibus e o espancaram enquanto os bandidos roubavam o celular e outros itens do rapaz, segundo relato de Renata Alves, mãe de Leonardo, ao RJ1 (TV Globo).

O grupo conseguiu levar o celular da vítima e fugiu em um ônibus. Informações iniciais obtidas pela família apontam que Leonardo ainda correu atrás do veículo para tentar recuperar o aparelho e teria ficado preso na porta do ônibus. O veículo teria se deslocado com o rapaz preso por mais de um quarteirão, segundo a irmã dele, Isabela Quintanilha.

Os criminosos teriam empurrado Leonardo, que caiu desacordado na rua. A família denuncia que as pessoas na via não socorreram o rapaz rapidamente, mesmo ele estando desacordado.

Depois de socorrido, o auxiliar foi levado ao CTI (Centro de Terapia Intensiva) do Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro do Rio. A família também afirma que não teve acesso ao prontuário do rapaz.

Procurada, a direção do Hospital Municipal Souza Aguiar informou à reportagem que o protocolo para confirmação de morte encefálica do paciente foi aberto no domingo (3) e “seguiria todo o processo técnico preconizado”.

Já a Polícia Civil disse que requisitou ao hospital o boletim de atendimento médico da vítima e as imagens de câmeras de segurança instaladas na região do roubo.

Diligências também estão sendo realizadas em busca de testemunhas e informações que levem à identificação dos autores do crime. “A investigação está em andamento para esclarecer todos os fatos”, esclareceu a corporação. O caso foi registrado na 1ª DP (Praça Mauá) e encaminhado para a 5ª DP (Mem de Sá). Ninguém foi preso até o momento.

“Meu irmão só tem 28 anos. Ele estava feliz com a minha gravidez. Ele fazia planos. Trabalha num local que todo mundo ama. Ele era amado. Por que um estado permite que um menino de 28 anos seja morto? Por que permitem que isso aconteça? Eu só quero justiça pelo meu irmão. Só queremos que esses bandidos paguem e que isso não se repita. O Rio está cada vez pior. O nosso desespero não será o primeiro e nem o último. Meu irmão não merece estar morto”, lamentou Isabela à TV Globo.

PM DIZ QUE NÃO FOI ACIONADA

À reportagem, na terça-feira (5), a Polícia Militar informou que o 5º BPM (Praça da Harmonia) não foi acionada para o episódio relatado. O batalhão, ainda segundo a corporação, tomou conhecimento do caso após a entrada de Leonardo no hospital. O rapaz foi socorrido por uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

A corporação explicou que o batalhão local realiza diversas abordagens no centro da cidade, inclusive na região onde ocorreu a agressão e roubo ao auxiliar. “Vale ressaltar que muitos dos cidadãos envolvidos nos crimes naquele perímetro estão em situação de vulnerabilidade nas ruas, tornando seu contexto de instabilidade e reincidência muito mais amplo do que as ações conduzidas pelas forças policiais”, comunicou.

A PM ainda pediu que a população denuncie tais crimes pelo Disque-Denúncia no telefone (21) 2253-1177 ou, em casos urgentes, acione as equipes através da central ou App 190.

Redação / Folhapress

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