SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um auditório lotado vendo a diversão de uma criança de quatro anos, que havia acabado de chegar e não demonstrava qualquer sinal de timidez, enquanto o irmão, apenas 13 verões mais velho, era premiado no palco como um dos melhores jogadores da temporada. A cena que ocorreu nesta quinta-feira (7) ilustra bem como foi o Troféu Mesa Redonda.
SHOW NO PALCO
Endrick, um dos mais aguardados, acabou “ofuscado” pelo irmãozinho. O pequeno Noah Gael não parou um minuto sequer desde que chegou e explorou os corredores do auditório.
A joia palmeirense foi chamada ao palco ao ser eleito um dos melhores atacantes, mas ficou mesmo olhando para o caçula. O atacante de 17 anos beijou os pais antes de subir, e depois brincou: “Meu irmão não para quieto”.
O menino ficava andando de um lado para o outro, tirando risadas do público. “Imitando” o que o primogênito faz em campo, Noah deu um baile no pai, que tentava fazê-lo se juntar à família. Os dribles do caçula divertiam o público.
Endrick brincou e adiantou que não quer que o irmão siga seus passos em campo. “Não quero que ele seja jogador, não, vida difícil demais. Melhor ser jogador de tênis”, explicou.
OS PONTUAIS E O BONDE DOS ATRASADOS
Os jogadores começaram a aparecer por volta das 13h30, com Beraldo e Moscardo puxando a fila. As joias de São Paulo e Corinthians, respectivamente, foram os primeiros astros do evento a falar e atender pedidos de fãs. Depois deles, chegaram nomes como Tchê Tchê, Everson, Lucas Moura, Rafinha e o técnico Dorival Júnior, além dos ex-jogadores Hernandes, Miranda e Dedé.
O início da cerimônia, no entanto, se estendeu por mais de uma hora enquanto os demais personagens eram aguardados. A demora se deu porque boa parte dos jogadores que compareceria ao evento estava em outra premiação a Bola de Prata, da ESPN, que foi realizada poucas horas antes..
Nenhum dos quatro palmeirenses premiados estava no local quando a gravação começou assim como Abel, que foi homenageado. Os campeões Murilo, Piquerez, Raphael Veiga e Endrick, escolhidos para a seleção do futebol brasileiro de 2023, chegaram com a cerimônia em curso.
Luis Suárez, eleito o melhor jogador da temporada, também foi um dos atrasados. O atacante uruguaio fez uma dobradinha, vencendo as principais categorias dos dois prêmios do dia, e saiu cheio de troféus, apesar de a agenda lotada mal dar brechas para refeições.
O bonde dos atrasados se tornou um espetáculo à parte. Pescoços curiosos se levantavam para tentar ver qual celebridade do mundo da bola aparecia, enquanto o prêmio seguia ou estava em uma das paradas. Os palmeirenses eram os mais comentados.
RESENHA E DESCONTRAÇÃO
Enquanto isso, a premiação seguia com clima descontraído. Os premiados eram recebidos no palco pelos apresentadores e conversavam sobre temas que tangenciavam o futebol, indo de histórias de vida a assuntos banais do cotidiano. Tchê Tchê comentou sobre a infância; Everson contou que é o responsável por fazer as compras no supermercado e Lucas brincou sobre a queda do cabelo.
A resenha também teve espaço na cerimônia. Cada jogador ainda tinha um padrinho ou madrinha, de cujas mãos vinha o troféu. O “velho” Rafinha, como ele mesmo se chamou, recebeu o prêmio de Cicinho, também lateral e ídolo são-paulino, e ambos trocaram elogios sobre quem jogou mais. Já o jovem Moscardo foi questionado se recebeu mensagens de “oi, sumido” na faculdade com o sucesso repentino no futebol, e rapidamente negou sua namorada estava em uma das cadeiras do local.
OS PREMIADOS NO TROFÉU MESA REDONDA
Melhor jogador: Suárez
Seleção: Everson; Rafinha, Murilo, Beraldo e Piquerez; Tchê Tchê, Villasanti, Raphael Veiga e Lucas; Suárez e Endrick.
Revelação: Gabriel Moscardo
Técnico: Dorival Júnior
ANDRÉ MARTINS, LUCAS MUSETTI PERAZOLLI E GABRIELA BRINO / Folhapress