Pedidos de medida protetiva em delegacia online da mulher de SP crescem 50% em um ano

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A quantidade de pedidos de medidas protetivas feitas via Delegacia de Defesa da Mulher online teve alta de 51% no comparativo entre os anos de 2022 e 2023 em São Paulo.

Conforme a delegada Utimia Cristine Pinheiro Gonçalves, da DDM virtual, foram registrados 16.981 solicitações de janeiro a dezembro do ano passado ante 25.617 notificações até o dia 5 de dezembro deste ano -o índice de alta, portanto, ainda pode ser maior até o fim do mês.

No entendimento de Gonçalves, a alta pode estar ligada ao acesso mais simplificado para uma vítima requerer proteção, além da divulgação da possibilidade de elaborar o pedido de forma remota.

“A gente sabe que a delegacia não é um ambiente muito aconchegante. O fato de ela poder registrar em qualquer lugar que ela estiver pelo celular, pelo tablet ou pelo próprio computador acabou facilitando muito para a vítima”, disse a delegada.

Além do pedido via internet, a Delegacia de Defesa da Mulher online também conta com a possibilidade de atendimento via videoconferência. Nesse caso, também houve aumento na procura. Foram 1.379 pedidos de medida protetiva entre janeiro a 5 de dezembro deste ano contra 555 solicitações nos 12 meses de 2022.

“De noite e aos finais de semana, no interior e em cidades que não tem DDM 24 horas, quando a vítima vai para a delegacia territorial, há a pergunta se ela quer atendimento pela Delegacia de Defesa da Mulher online. Se ela aceita, a gente faz atendimento por videoconferência. Nesse caso, é a gente que faz o boletim e se ela solicita a medida protetiva, a gente já faz o ajuizamento”, explicou Gonçalves sobre o funcionamento da opção.

Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), São Paulo tem 140 delegacias da mulher, o que representa 40% de todas as unidades semelhantes espalhadas pelo país.

De acordo com a delegada Jamila Jorge Ferrari, coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher, a maioria das vítimas que registram boletim de ocorrência está se separando ou tentando se separar de seus agressores. “Elas são mulheres jovens, entre 20 e 30 anos. Há filhos nesses relacionamentos, não necessariamente do agressor, e a ocorrência da violência acontece em casa”, diz trecho de nota publicada no site da SSP.

PAULO EDUARDO DIAS / Folhapress

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