SP vai instalar sirenes e radares em áreas de risco para prevenir desastres climáticos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) lançou nesta quinta-feira (14) um programa para tentar prevenir desastres provocados por eventos climáticos extremos no estado de São Paulo. O projeto inclui a implementação de sirenes e radares em áreas de risco.

O anúncio acontece dez meses após os temporais que deixaram 65 mortos no litoral norte de São Paulo, sendo a maioria em São Sebastião.

O governador esteve presente na cerimônia e afirmou que as “mudanças climáticas vieram para ficar”.

“Grandes ventanias, chuvas em grande intensidade, estiagens muito fortes. A palavra chave é prevenção”, disse ele.

Tarcísio afirmou que serão entregues em breve mais de 700 habitações para pessoas vivem em áreas de risco em São Sebastião.

“Vem aí um período de chuva. As previsões mostram um período com bastante chuva. É a primeira leva de sirenes que vamos instalar em áreas de risco. É um trabalho que vai salvar vidas”, disse o governador.

Em setembro, o governo paulista havia anunciado que a previsão para instalação das sirenes era até o fim de fevereiro de 2024.

Sirenes de alerta para temporais em áreas de risco já começaram a ser utilizadas em São Sebastião e também serão instaladas no Guarujá, na Baixada Santista, e em Franco da Rocha, na Grande São Paulo. A escolha destas regiões acontece devido ao histórico de inundações e deslizamentos no período chuvoso.

Outra novidade é a instalação de um novo radar, que custou R$ 10 milhões, em Ilhabela, no litoral norte. O equipamento consegue acompanhar tempestades e rajadas de vento em toda a costa paulista.

O aparelho é capaz de registrar descargas elétricas na atmosfera com mais precisão, o que facilita a emissão de alertas em tempo real.

Com objetivo de facilitar a compreensão da população sobre a gravidade de cada cenário, o governo pretende aperfeiçoar a comunicação de alertas que serão classificadas com as cores verde, amarela e vermelha, dependendo do grau de risco.

Além disso, foi anunciado que mais de R$ 1,8 bilhão foi alocado em ações para minimizar o impacto das mudanças climáticas para a população.

Deste total, cerca de R$ 1,4 bilhão foi destinado para prevenção de enchentes e alagamentos, em ações como a construção de novos piscinões, limpeza dos reservatórios já existentes e desassoreamento de canais e rios.

O restante do montante foi utilizado para a contenção de encostas, manutenção e reparos em rodovias.

ISABELLA MENON / Folhapress

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