A Justiça concedeu liberdade provisória aos três PMs de Guarujá, que foram presos acusados de ter matado um suspeito desarmado e tentado matar um comparsa dele, além de ter feito uso indevido das câmeras operacionais. Eles ficaram mais de um ano na cadeia e, agora, vão responder em liberdade.
Segundo a decisão, a prisão preventiva não pode ser estendida, já que a justiça não tem previsão de quando o julgamento dos acusados irá acontecer. Com isso, os acusados irão responder em liberdade, porém, estão proibidos de ter contato com as testemunhas e vítimas do processo, sendo obrigados a manter uma distância de, no mínimo, 200 metros.
Entenda o caso
O caso aconteceu no dia 15 de junho de 2022. Os quatro policiais atenderam a uma ocorrência em que três homens haviam invadido e roubado uma casa em Bertioga. Os suspeitos fugiram e, durante a perseguição, um deles morreu e outro foi baleado.
Os policiais Paulo e Israel são acusados de ter matado Kaique de Souza Passos, de 24 anos. Segundo a denúncia, ele levantou os braços, em sinal de rendição, mas foi morto com sete tiros. Os agentes Diego e Eduardo, são acusados de tentar matar Vitor Hugo Paixão Coutinho, de 19, com três disparos.
O trio não poderá exercer atividades policiais em Guarujá (SP). Mas a PM pode colocá-los em serviços internos até o fim do julgamento. Sobre o porte de arma, a Justiça decidiu que a condição de cada um deles deve ser avaliada pela Corregedoria.
Defesa
De acordo com o advogado Renan de Lima Claro, que representa os policias Diego Nascimento de Souza e Israel Morais Pereira de Souza, a soltura já era esperada. Segundo a nota, é esperado também o julgamento para comprovar a inocência dos policiais, e que existem erros na investigação conduzida pela Corregedoria da PM.