SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A campanha de vacinação contra a gripe no Norte do país foi prorrogada até 29 de fevereiro de 2024. A ação seria encerrada nesta sexta-feira (15) no Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Até o momento, nestes estados, 717 mil doses foram aplicadas. A estimativa é imunizar 6,6 milhões de pessoas. O governo federal enviou aos estados do Norte 7 milhões de doses da vacina influenza trivalente.
O Ministério da Saúde mudou o calendário de vacinação contra o vírus influenza, causador da gripe, nos estados do Norte.
A partir de 2024, a população do Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul receberá a vacina contra a gripe no primeiro semestre; o Norte, continuará no segundo.
A mudança visa proteger a população durante o inverno amazônico de meados de novembro até maio, período de maior circulação viral e de transmissão da gripe.
A pasta enviou 7 milhões de doses da vacina influenza trivalente e a estimativa é que 6,6 milhões de pessoas sejam imunizadas. Até o momento, foram aplicadas 717 mil doses nos setes estados.
A vacina ofertada é trivalente composta de duas cepas do influenza A e uma do B a mesma utilizada na campanha de 2023. É importante explicar que o vírus sofre mutação e por isso, anualmente, o imunizante é atualizado.
A fabricação é feita com vírus inativados, fragmentados e purificados, ou seja, não é capaz de induzir o desenvolvimento da doença, segundo o Ministério da Saúde.
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QUAL O PRAZO PARA A VACINA SURTIR EFEITO?
No mínimo de 7 a 10 dias, mas a produção maior de anticorpos ocorre com quatro semanas. Quando aumentar a circulação do vírus, o sistema de defesa já está blindado.
PODE TOMAR A VACINA CONTRA A GRIPE JUNTO COM A BIVALENTE E AS DEMAIS?
Sim. A vacina da gripe pode ser tomada com qualquer outra vacina do calendário de imunização.
QUAIS SÃO OS EFEITOS COLATERAIS?
Em até 10% dos casos pode ocorrer dor no local da aplicação, vermelhidão e enrijecimento da pele. Abaixo de 3% existem as manifestações sistêmicas, como febre baixa, sensação de cansaço, dor muscular, dor de cabeça. Todas as reações terminam em torno de 48 a 62 horas. Se persistirem, é recomendável procurar um serviço de saúde.
HÁ CONTRAINDICAÇÕES?
A pessoa deverá observar se tem alergia aos princípios da vacina. Os alérgicos a ovo poderão receber a vacina, inclusive com histórico de anafilaxia. A alergia a ovo não é mais considerada contraindicação e nem precaução para uso da vacina contra o vírus influenza. A orientação é que a vacina seja aplicada num serviço hospitalar, pois, se o paciente desenvolver o quadro alérgico, será possível revertê-lo.
PODE TOMAR A VACINA COM SINTOMAS GRIPAIS?
Não. Se houver suspeita de qualquer infecção, a vacina deverá ser aplicada de 48 a 72 horas após a melhora do quadro.
GRUPOS ELEGÍVEIS
– Crianças de 6 meses a menores de 6 anos
– Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos
– Trabalhadores da Saúde
– Gestantes
– Puérperas
– Professores dos ensinos básico e superior
– Povos indígenas
– Pessoas 60+
– Pessoas em situação de rua
– Profissionais das forças de segurança e de salvamento
– Profissionais das Forças Armadas
– Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade)
– Pessoas com deficiência permanente
– Caminhoneiros
– Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso)
– Trabalhadores portuários
– Funcionários do sistema de privação de liberdade
– População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).
Crianças de seis meses a oito anos vacinadas pela primeira vez deverão receber duas doses do imunizante, com intervalo de 30 dias.
PATRÍCIA PASQUINI / Folhapress