SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse, em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta quinta-feira (21), que espera um “tratamento diferenciado” da Argentina para o Brasil e os demais países do Mercosul.
Vieira se refere às novas medidas anunciadas pelo presidente Javier Milei relacionadas ao comércio exterior. “O que pedimos é que haja um tratamento diferenciado para o Brasil e o Mercosul. Estamos sempre dispostos a conversar e discutir qualquer dificuldade. Não há relação bilateral que não tenha pontosa serem discutidos”.
O ministro disse que um “ajuste econômico” é inevitável. “Eles estão em uma situação que exige um controle de inflação, da oscilação cambial. Por isso, precisam de medidas que devem ter resultados a médio e longo prazos”.
Mauro Vieira ainda afirmou que o novo governo de Milei “tem dado ótimos sinais de abertura, de desejo de promover diálogos, independentemente de qualquer outra discussão”. O ministro citou a visita da chanceler argentina ao Brasil dias antes da posse do novo presidente e dois encontros que ele teve com Milei em Buenos Aires.
AJUSTE ECONÔMICO
O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou na noite desta quarta-feira (20) um DNU (Decreto de Necessidade de Urgência) que estabelece as bases para implantação de um novo plano econômico.
Na TV, Milei anunciou 30 medidas do “megadecreto”. “Argentinos, nesta quinta-feira (21) é um dia histórico para o nosso país, depois de décadas de fracasso, empobrecimento e anomalias”, disse o novo presidente.
Ao todo, o decreto tem 366 artigos para revogar leis e desregularizar a economia. Ou seja, enfraquecem o Estado na regulamentação da economia e fortalece o mercado. Clique aqui e leia o documento na íntegra.
Panelaço em bairros de Buenos Aires. Durante o discurso de 15 minutos, a capital argentina registrou panelaços. O protesto continuou após a fala do presidente e durou pelo menos 30 minutos, com buzinaço também.
Redação / Folhapress