SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Centrais sindicais e movimentos sociais fazem nesta quarta-feira (27) um protesto contra medidas anunciadas pelo presidente Javier Milei.
A manifestação é contra o megadecreto que flexibiliza o vínculo empregatício e enfraquece o poder dos sindicatos. O objetivo é pressionar a Justiça a declarar as medidas inconstitucionais. A concentração ocorre em frente ao Palácio da Justiça, no centro de Buenos Aires.
A concentração foi convocada pela CGT, principal central sindical da Argentina, ligada ao peronismo. “O Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) ditado pelo presidente Javier Milei subverte a ordem constitucional ao pretender legislar, atribuindo-se a soma do poder público e, assim como no seu discurso de posse, dar as costas ao Congresso”, acusou a CGT em nota.
O protesto é o terceiro sob a vigilância do protocolo antibloqueios. Esse conjunto de dez novas regras que permitem as manifestações em calçadas e praças, mas não o bloqueio de avenidas e estradas.
Os 62 sindicatos da CGT devem definir um “plano de luta” que pode incluir uma greve geral. Seria a primeira paralisação geral desde 29 de maio de 2019.
Milei diz que terceira manifestação em 16 dias de mandato significa que “não aceitam que perderam e que a população escolheu um governo com outras ideias”. O presidente acusou os legisladores de defenderem o debate parlamentar apenas para negociarem o voto em troca de subornos e avisou que, se o decreto for anulado, o governo vai promover um plebiscito popular.
Redação / Folhapress