SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Na 98º edição da Corrida Internacional de São Silvestre pelas ruas da capital paulista neste domingo (31), os atletas brasileiros terão como desafio tentar quebrar a hegemonia dos africanos na prova.
Já se vão 13 anos desde a última vez que um corredor local chegou ao lugar mais alto do pódio, quando Marílson Gomes dos Santos venceu pela terceira vez (também ganhou em 2003 e 2005, sendo o brasileiro mais vitorioso da prova). No feminino, Lucélia Peres, em 2006, foi a última corredora do país a vencer a São Silvestre.
Desde então, atletas da África, em especial do Quênia, se revezam entre os campeões. Os quenianos lideram a prova em conquistas, com 33 vitórias, considerando a fase internacional com estrangeiros, iniciada em 1945.
Entre os homens, o queniano Paul Tergat é o maior vencedor, pentacampeão da São Silvestre (1995, 1996, 1998, 1999, 2000).. Entre as mulheres, o recorde é da portuguesa Rosa Mota, com seis triunfos consecutivos entre 1981 e 1986.
O Brasil ocupou o lugar mais alto do pódio em 16 oportunidades, sendo 11 vezes na categoria masculina e cinco na feminina.
Na edição de 2023, um dos favoritos entre os brasileiros é o baiano Fábio Jesus Correia. No ano passado, ele terminou a prova na quarta colocação, garantindo a melhor posição de um brasileiro na disputa.
Correia acumula entre os melhores resultados no ano a vitória na Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro e na Volta Internacional da Pampulha. “O Brasil tem uma boa chance de brigar pelos primeiros lugares em razão do bom momento de vários atletas”, afirmou o atleta.
Também estão entre destaques locais na competição Franck Caldeira, campeão da São Silvestre em 2006 e ouro na maratona nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, e Giovani dos Santos, seis vezes campeão da Volta da Pampulha e vencedor da Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro em 2016.
Os atletas brasileiros terão como maiores adversários nomes como dos quenianos Vestus Cheboi Chemjor, campeão da Maratona Internacional de São Paulo e de Porto Alegre em 2023, e Timothy Kiplagat Ronoh, que venceu as maratonas de Melbourne e Abu Dahbi no ano passado, além do ugandense Moses Kibet, vencedor da Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro em 2023.
No feminino, o Brasil conta com a presença de Larissa Quintão, vice-campeã da Meia Maratona Internacional de São Paulo (2023), Kleidiane Barbosa, vice da Volta Internacional da Pampulha (2023), e Mirela Andrade, bicampeã sul-americana da maratona (2017 e 2022).
Entre as estrangeiras, os destaques ficam por conta das quenianas Catherine Reline Amanang’ole, campeã da São Silvestre em 2022, e Viola Jelagat Kosgei, campeã da Meia Maratona do Rio e da Volta da Pampulha em 2023, e da etíope Yimer Wude, bicampeã (2014 e 2015) e vice no ano passado na tradicional prova de rua em São Paulo.
A largada da prova de 15 km acontece na Avenida Paulista, na altura entre as ruas Augusta e Frei Caneca. A chegada é na mesma avenida, em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero, organizadora do evento.
Serão cerca de 35 mil competidores a percorrer alguns dos principais pontos turísticos de São Paulo, como o estádio do Pacaembu, as Avenidas Ipiranga e São João e a Praça da República, além da famosa e temida subida da Avenida Brigadeiro Luís Antônio.
A largada para a categoria de cadeirantes acontece às 7h25. Às 7h40, parte a elite feminina, e às 8h05, a masculina. Haverá transmissão na TV aberta na Globo e na Gazeta. A prova prevê uma premiação total de aproximadamente R$ 300 mil. Os campeões recebem cerca de R$ 57 mil, cada.
LUCAS BOMBANA / Folhapress