Por erro de diagnóstico, mulher fez quimio por seis anos sem ter câncer; plano foi condenado

Imagem de klbz por Pixabay
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A Justiça de São Paulo condenou um plano de saúde a pagar R$ 200 mil de indenização a uma idosa de 67 anos, que tratou um câncer inexistence por cerca de seis anos com quimioterapia em virtude de um erro de diagnóstico. O caso foi registrado em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

De acordo com o processo, divulgado pelo portal Metrópoles, a mulher foi diagnosticada com um câncer maligno na mama direito e, por isso, submetida a uma mastectomia, em outubro de 2010, quando ela tinha 54 anos. Um ano depois, a idosa foi diagnosticada com metástase óssea e começou a realizar o tratamento de quimioterapia.

Segundo o processo, o diagnóstico foi feito quando ela possuía o plano Amico Saúde, que está sendo condenado pagar uma idenização pela 9ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que confirmou a decisão da juíza da primeira instância, de acordo com o site.

O erro só foi descoberto seis anos depois, quando a paciente já havia trocado de plano e o médico da nova operadora suspeitou do diagnóstico da idosa.

Em 2017, após a suspeita, a mulher foi submetida a novos exames, que constataram que ela nunca teve tumor nos ossos. No processo, a defesa da idosa alega que ela teve que passar por um “pesado e doloroso” tratamento quimioterápico, que trouxe “inúmeras consequências negativas”.

O desembargador Edson Luiz de Queiroz, em sua decisão, destacou que a paciente foi levada a sofrimento que poderia ter sido evitado ou diminuido, “impondo-se o dever de reparação por danos morais e materias, destacando que foi comprovada a perda de massa óssea, de mobilidade e de dentição pela paciente”.

Em dezembro de 2023, de acordo com o Metrópoles, o plano de saúde fez um acordo com a paciente e pagou o valor da indenização, que não teve a quantia revelada.

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