SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A votação que resultou na surpreendente vitória do argentino Lionel Messi na eleição de melhor jogador da temporada organizada pela Fifa (Federação Internacional de Futebol), batendo o favorito Erling Haaland, foi bastante acirrada.
Os dois jogadores alcançaram os mesmos 48 pontos com base nos critérios adotados pelo pleito, que conta com a participação de capitães e técnicos de seleções, jornalistas esportivos e torcedores.
Pelo sistema de votação, cada eleitor lista os três finalistas –que também contava com o francês Kylian Mbappé– por ordem de preferência. O primeiro recebe cinco pontos, o segundo, três pontos, e o terceiro, um ponto. Os votos são então consolidados por cada grupo de eleitores aptos a participar.
No caso de empate, como na edição deste ano, o desempate ocorreu considerando o que mais recebeu cinco pontos na votação dos capitães de seleções. Messi alcançou 677 pontos considerando esse critério, enquanto Haaland fez 557 pontos.
Entre os capitães que votaram no argentino, está o francês Mbappé -eles não podem votar em si mesmos. Harry Kane, da Inglaterra, e Mohamed Salah, do Egito, também votaram no craque da seleção argentina.
Paolo Guerrero, do Peru, Robert Lewandowski, da Polônia, Romelu Lukaku, da Bélgica, Falcao Garcia, da Colômbia, e Luka Modric, da Croácia, foram outros que optaram pelo argentino.
Messi votou em Haaland, bem como o volante do Manchester United e capitão do Brasil, Casemiro. Marcelo Moreno, da Bolívia, e Gündogan, da Alemanha, também votaram no norueguês.
Entre os técnicos das seleções nacionais, Fernando Diniz, que votou pelo Brasil antes de sua demissão pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol), escolheu Messi como o melhor da temporada.
Lionel Scaloni, da Argentina, e Marcelo Bielsa, do Uruguai, também votaram em Messi. Já Didier Deschamps, da França, votou em Mbappé, enquanto o técnico da Noruega, Ståle Solbakken, votou em Haaland.
Entre os nomes que destoaram dos três finalistas como o melhor da temporada, destacou-se o do belga Kevin De Bruyne, do espanhol Rodri e do português Bernado Silva, todos do Manchester City, assim como o do nigeriano Victor Osimhen, do Napoli.
A vitória do argentino causou polêmica pelo fato de, no período de avaliação do prêmio, não ter obtido grandes feitos dentro de campo. Foi campeão do pouco competitivo Campeonato Francês pelo PSG (Paris Saint-Germain) e se transferiu para a liga de futebol dos Estados Unidos, de pouca expressão no cenário mundial.
Haaland, por outro lado, foi peça fundamental para as conquistas do Manchester City na temporada, como a Liga dos Campeões e o Campeonato Inglês.
LUCAS BOMBANA / Folhapress