Justiça mantém prisão de ‘João de Deus Socorrense’ após audiência de custódia

Marcela Gomes
Marcela Gomes
Chefe de redação na Thathi Record Campinas. Especialização em Mídia e Tecnologia e pós graduação em Semiótica.
Justiça mantém prisão de ‘João de Deus Socorrense’ após audiência de custódia
Imagem: Thalles Rodrigues

A justiça de Socorro manteve a prisão do ‘João de Deus Socorrense’, após a realização da audiência de custódia realizada na tarde desta terça-feira, 16, ele foi transferido para um presídio em Sorocaba. O Balanço Geral, da Thathi Record, mostrou ao vivo o momento em que o líder espiritual, Jessey Maldonado Monteiro, de 49 anos, deixou a delegacia em que estava detido em Socorro e seguiu para realizar a audiência de custódia na Praça 9 de Julho, no Centro da cidade, nesta terça-feira 16.

‘João de Deus Socorrense’ foi preso por equipes da polícia civil na segunda-feira, 15. Ele é suspeito de abusar sexualmente de pacientes enquanto realizava sessões de terapia e massagens.

De acordo com as investigações, a suspeita é de que ele drogava as vítimas, antes de cometer os abusos sexuais durante as consultas.

O inquérito também relata que o homem tinha a ajuda de uma ‘Mãe de Santo’, que indicava pacientes com mais fragilidades emocionais para a residência do suspeito. No local, o suspeito oferecia um copo d’água alegando ser uma ‘condutora elétrica essencial para a terapia’.

Como funcionava

Segundo as investigações, o homem frequentava um espaço espiritual no município para conquistar a confiança de fiéis do sexo feminino. No local, ele indicava alguns tratamentos, como terapias de regressão, quiropraxia e hipnose. Os serviços eram feitos em sua residência. Para captar mais vítimas, de acordo com a polícia, ele contava com a ajuda de uma Mãe de Santo, que indicava os seus serviços.

Copo D´Água

Para conquistar as vítimas, o homem afirmava ter poderes superiores, sendo capaz de curar dores físicas e emocionais. Na residência, vítimas relataram à polícia que o homem oferecia um copo d’água antes da sessão. Ele alegava que a água era uma ‘condutora elétrica essencial para a terapia’.

Durante a sessão, o autor convencia as vítimas a tirarem a roupa, com argumentos religiosos e medicinais. Ele usava a Mãe de Santo como exemplo. Após removerem as peças, o terapeuta passava uma grande quantidade de óleo no corpo das vítimas.

Sono excessivo

Durante a sessão, minutos depois de ingerirem a água, as vítimas contaram à polícia que sentiam muito sono e perdiam quase toda a força física. Com isso, elas não conseguiam ter reação contra os abusos.

Delegada explica o crime

A Delegada Leise Silva Nunes, que decretou a prisão do “João de Deus Socorrense”, falou sobre as investigações policiais que descobriram os abusos sexuais. Segundo a delegada, ele se mostrava uma pessoa confiável e se apresentava como um “semideus” para as vítimas.

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