SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Os Estados Unidos anunciaram, nesta sexta-feira (19), que fizeram três novos ataques aos rebeldes huthis no Iêmen.
Os ataques tiveram como alvos lançadores de mísseis antinavio em embarcações no mar Vermelho. Segundo o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, o exército americano efetuou, “com sucesso, três ataques de autodefesa contra alvos huthis no Iêmen”.
Os Estados Unidos também alegaram proteção a “embarcações comerciais e militares em águas internacionais”. Medida foi tomada após os rebeldes passarem a bombardear navios supostamente vinculados a Israel, em resposta à guerra travada pelo estado judeu em Gaza.
Horas antes do novo ataque dos EUA, os rebeldes assumiram autoria de ataque a navio americano no Golfo de Áden. De acordo com os huthis, a operação atingiu o alvo em um ataque com mísseis navais.
A Casa Branca confirmou o ataque, mas negou que tenha sido provocado danos ao navio ou deixado feridos. Washington informou que os insurgentes “lançaram dois mísseis balísticos” contra um petroleiro de propriedade dos EUA e com bandeira das Ilhas Marshall.
Os huthis lançaram inúmeros ataques contra navios no mar Vermelho desde o início do conflito entre Israel e Hamas. O grupo tem como alvo as nações que apoiam “a opressão do povo palestino”, como EUA e Reino Unido. Em uma entrevista ao veículo de comunicação russo Izvestia, um alto representante Houthi, Mohammed al Bukhaiti, garantiu a passagem segura de navios russos e chineses através do Mar Vermelho.
“Como em todos os outros países, incluindo a Rússia e a China, o seu comércio na região não está ameaçado (…). Além disso, estamos prontos para garantir a passagem segura dos seus navios”, disse ele.
A Rússia falou em “solução diplomática”. “O mais importante agora é parar a agressão contra o Iêmen, porque quanto mais os americanos e os britânicos bombardeiam, menos dispostos os huthis estão a conversar”, disse o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov. A China também pediu que os insurgentes cessem o “assédio” às embarcações nesta “importante rota comercial internacional”.
Os ataques huthis levaram inúmeras empresas a suspender a passagem das suas frotas pelo Mar Vermelho. Pela rota, considerada fundamental entre a Ásia e Europa, é transportado 12% do comércio marítimo mundial.
Redação / Folhapress