SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O delegado que investiga o caso de uma câmera oculta encontrada em um flat alugado por turistas, em Pernambuco, disse que as investigações apuram se as imagens estavam sendo enviadas para algum local por conexão WiFi ou outra rede de internet.
Polícia encontrou cartão de memória dentro da câmera escondida. Ao programa Encontro, da TV Globo, o delegado Ney Luiz disse que a perícia vai ser capaz de desvendar se as imagens eram enviadas em tempo real por alguma conexão com a internet.
A perícia quer identificar quem foi o responsável por instalar a câmera. Em relação ao conteúdo, as investigações apontam que a intenção era capturar cenas de nudez ou de cunho sexual.
A câmera descoberta pelo casal estava virada para a cama. O equipamento foi encontrado dentro de uma tomada em um flat de Porto de Galinhas no último dia 16.
Delegado deu dicas para que turistas se atentem sobre possíveis dispositivos de gravação ilegais. Geralmente, as câmeras estão voltadas à cama ou em banheiros. Locais como ar-condicionado, televisão, tomada, abajur ou até espelhos com fundos falsos são alguns exemplos.
Vítimas identificaram a câmera escondida ligando a lanterna do celular. Ao apontarem a lanterna em direção à tomada falsa, a luz refletiu, indicando ali uma câmera oculta.
GRAVAR IMAGENS ÍNTIMAS É CRIME
A Polícia Civil informou que investiga o caso e que a câmera foi encaminhada para perícia.
Proprietários do apartamento não são considerados suspeitos no momento. O OKA Beach Residence, condomínio do flat, informou que repudia “veementemente” a instalação de câmeras ocultas e que as locações são realizadas “diretamente entre inquilinos e proprietários”.
Caso sejam encontradas gravações, os responsáveis podem responder pelo “registro não autorizado de intimidade sexual”. Previsto no Art. 216-B do Código Penal, trata sobre o crime de “produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes”. A pena de detenção é de seis meses a um ano, além de multa.
Redação / Folhapress