SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Quatro funcionários da concessionária MetrôRio foram denunciados pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) após a morte de José Alves Simão, 82. Ele foi arrastado por um vagão na estação Uruguaiana em 2022.
O MP-RJ denunciou os funcionários à Justiça na segunda-feira (22) por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Foram denunciados: o condutor do transporte, um controlador de segurança, um controlador de estação e um supervisor do Centro de Controle Operacional da concessionária.
O condutor deveria ter analisado se ainda havia algum passageiro tentando entrar no vagão, diz o MP-RJ. Segundo a denúncia, os três funcionários do Centro de Controle de Operações e do Centro de Controle de Segurança não observaram a devida vigilância de todos os passageiros que estavam na estação para o embarque, o que causou demora na paralisação do trem.
Corpo arrastado. “Os segundos do arrastamento do corpo da vítima seriam plenamente inexistentes se houvesse atividade de vigilância junto às câmeras e monitores existentes”, diz um trecho da denúncia.
MetrôRio não adotou medidas de prevenção, de acordo com MP-RJ. A denúncia cita como exemplos a instalação de portas de proteção entre o vão da plataforma e a composição e de sensores de movimento nas portas de travamento.
O UOL tenta contato com a MetrôRio sobre a denúncia. Caso haja resposta, o texto será atualizado.
O idoso de 82 anos ficou com a mão presa pelas portas de um vagão do Metrô do Rio de Janeiro. O militar aposentado José Alves Simão embarcava na estação Uruguaiana, no centro da cidade, e acabou arrastado pela composição.
Simão era aguardado pela família para assistir a um jogo de futebol entre Vasco e Criciúma. O filho dele só soube da morte após telefonar para o celular do pai e um policial militar atender à ligação. O militar aposentado sofreu traumatismos no tórax e abdômen.
À época, a concessionária MetrôRio lamentou “profundamente” a morte do militar aposentado. A empresa informou que entrou em contato com familiares e que “está à disposição para prestar toda a assistência necessária.”
A MetrôRio também afirmou na época que havia instaurado um Comitê de Avaliação de Acidente para apurar as causas do ocorrido.
Redação / Folhapress