O Governo de São Paulo protocolou o pedido de retirada da ação judicial que solicitava autorização para demolir casas em áreas de risco na Vila Sahy, em São Sebastião. O Estado fez o pedido na última sexta-feira (26).
De acordo com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), a retirada da ação cumpre com o compromisso pactuado entre o governo e a população em reunião realizada no último dia 18 de janeiro.
A reabertura de diálogo entre o Governo e a população possibilitou a retirada da ação. A expectativa mútua é que será mais eficiente e tranquila a construção conjunta de ações para a área do que a discussão por via judicial.
Nos últimos meses, houve a instalação de equipamentos pela Defesa Civil, como radar meteorológico mais preciso e sirenes. Esse cenário traz uma garantia de que, em caso de chuvas abundantes que possam oferecer risco de deslizamento, será possível proteger as vidas dos moradores, desde que seguidos protocolos de segurança repassados à população em treinamentos já realizados.
Dessa forma, os estudos de risco poderão ser apresentados em detalhes para melhor entendimento entre as partes, inclusive aquelas que apontaram não haver necessidade de retirada das famílias.
Pedido de demolição de casas da Vila Sahy
A Procuradoria Geral do Estado (PGE) havia pedido à demolição de mais de 890 casas em situação de risco na Vila Sahy. Os moradores fizeram uma série de protestos contra o pedido da PGE de remoção das famílias e demolição das casas.
No início de 2022, 64 pessoas morreram nos deslizamentos causados pelas fortes chuvas no Litoral Norte. No documento, a Procuradoria pedia a autorização para que o Estado evacuasse os moradores situados em área de risco do bairro, ainda que contra vontade, para que fosse feita a demolição das edificações nas áreas de risco.