ATIBAIA, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Uma parceria longa e bem-sucedida entre equipe e atleta surpreendentemente interrompida por um gigante italiano. O roteiro acima pode ser usado em duas grandes transferências do esporte: Lewis Hamilton, da Mercedes para a Ferrari, e Cristiano Ronaldo, do Real Madrid para a Juventus. E as histórias têm um personagem em comum: John Elkann, presidente da Ferrari.
O mandatário da montadora italiana foi decisivo nas duas transações. De acordo com o jornalista Lawrence Barretto, da F1, Elkann ligou pessoalmente para Hamilton várias vezes. Segundo o jornal italiano “TuttoSport”, ele foi peça-chave para traçar uma estratégia com Jorge Mendes, empresário de Cristiano Ronaldo, para tirar o craque do Real Madrid, em 2018.
Insistência fez a diferença no caso de Hamilton. Ainda segundo Barretto, foram várias ligações desde o primeiro semestre de 2023, deixando claras as intenções da Ferrari: contar com o heptacampeão em 2024 ou, pelo menos, em algum momento antes que ele se aposentasse.
Hamilton teria negado as primeiras investidas da Ferrari. O piloto britânico assinou uma extensão de contrato com a Mercedes – equipe pela qual ele pilota desde 2013 – até o fim de 2025, mas colocou uma cláusula de liberação antes do último ano do vínculo.
Projeto da Ferrari para o próximo biênio seduziu Hamilton. John Elkann mostrou em detalhes para o britânico os planos ambiciosos da montadora italiana: ser novamente a melhor equipe em 2026. O presidente da escuderia acredita que isso será possível com o desenvolvimento do carro e algumas mudanças no regulamento.
O Grupo Fiat Chrysler Automobiles, dono da Ferrari, comprou a Juventus em 2018. No mesmo ano, Cristiano Ronaldo chegou ao clube italiano.
O português ficou na Juventus até 2020/21 e conquistou dois Campeonatos Italianos, duas Supercopas da Itália e uma Copa da Itália.
Redação / Folhapress