Uber caro, trânsito carregado e transporte público longe atrapalham saída do pré-Carnaval de SP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Sair do desfile de blocos no pré-Carnaval no parque do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, na tarde deste sábado (3) demandava paciência, tanto daqueles que pretendiam ir embora utilizando transporte público quanto de quem ansiava voltar para casa em um carro de aplicativo.

Para facilitar o fluxo de foliões, o trânsito nas imediações do parque foi desviado. Assim, ônibus e motoristas não passavam tão perto.

Além disso, pedir o carro de aplicativo na chegada aos pontos já livres para o tráfego, como na entrada do Círculo Militar, era pedir para pagar mais caro por causa do aumento na demanda.

Quem saiu andando em busca de um local mais barato e com menos trânsito para pedir a corrida ouviu no caminho as pessoas se perguntando se essa ou aquela rua levava a uma estação de metrô. E dá-lhe andar mais um pouco.

A reportagem da Folha precisou caminhar até as proximidades da avenida Paulista. O primeiro motorista de aplicativo cancelou a corrida e o segundo a aceitar estava a oito minutos de distância.

Na região de Pinheiros (zona oeste), foliões enfrentaram os mesmos problemas. Sair da região de carro por aplicativo era tarefa árdua pelos diversos congestionamentos formados e o preço elevado.

A opção preferida, então, foi o transporte público. Ônibus, porém, tiveram suas rotas desviadas em razão da folia. Mesmo os poucos que ainda passavam nas proximidades enfrentavam congestionamento.

A última possibilidade era o transporte sobre trilhos. Estações de trem, no entanto, ficam distantes daquela área, e chegar ao metrô –apesar de mais viável– também exigia preparo físico do público que dançara e bebera por horas.

O cortejo mais próximo a uma estação, o Casa Comigo, exigia 20 minutos de caminhada. O mais longe, o Bagalafumenga, cerca de 30. Pelo caminho, muitos paravam para descansar ou comer algo.

Principal empresa de transporte por carros chamados via aplicativo, a Uber explica que o preço se torna dinâmico e o valor da viagem pode ficar mais caro do que o habitual para um determinado trecho quando a demanda em uma área é maior do que o número de motoristas circulando na região naquele momento.

O preço dinâmico é aplicado, segundo a Uber, para incentivar que mais motoristas se conectem ao aplicativo e assim os usuários tenham um carro sempre que precisar.

BRUNO LUCCA E STEFHANIE PIOVEZAN / Folhapress

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