SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um adolescente de 16 anos foi apreendido pela PF (Polícia Federal), no Recife, suspeito de chefiar uma quadrilha que vendia fotos e vídeos de pornografia infantil. As informações são do Fantástico, da TV Globo.
O QUE ACONTECEU
O material era vendido para compradores em 75 países, segundo a reportagem. “Isso deixou a equipe bem surpresa tanto pela idade do adolescente quanto pelo conhecimento aprofundado em informática que ele tem”, afirmou o delegado José Simão.
O adolescente recebeu o equivalente a R$ 1 milhão em três anos, segundo a PF. A corporação diz que o esquema começou quando ele tinha 13 anos. O garoto, apontado como chefe da organização, foi apreendido em casa, no Recife.
Os compradores estavam, principalmente, nos Estados Unidos, Alemanha e Canadá. A investigação ainda aponta que os pagamentos pelo material eram feitos em dólares, euros e criptomoedas.
A quantia arrecada com o crime era gasto em viagens pelo mundo e artigos de luxo. “Ele viajou para a Itália, almoçou em restaurantes de luxo, de alto padrão, então ele conseguiu usufruir desses valores adquiridos”, contou o delegado.
Ele foi para uma instituição e, por enquanto, vai ficar internado por 45 dias.
DENÚNCIA VEIO DOS EUA
O caso chegou à PF por meio de uma ONG americana especializada em receber denúncias de crimes relacionados a abuso sexual infantil, segundo o Fantástico. Após dois meses de investigação, os policiais identificaram e prenderam cinco suspeitos de integrarem a quadrilha.
Outras quatro pessoas foram indiciadas. Elas responderão por armazenamento, compartilhamento e venda de material de abuso sexual infantil, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Se condenados, podem pegar 36 anos de prisão.
O adolescente responde por atos infracionais equivalentes aos crimes cometidos pelos adultos. As penas são medidas socioeducativas.
A PF trabalhou em cooperação com a Interpol para identificar sites estrangeiros onde o material ficava escondido. A quadrilha evitava negociar com compradores do Brasil para não chamar a atenção das autoridades brasileiras.
Redação / Folhapress