SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Mate, rum, limão e guaraná. Esses foram os ingredientes usados por Gabriel Rochael e Alex Freire para criar a bebida Xeque Mate.
Em 2015, a mistura era vendida para complementar a renda universitária de ambos, que projetam vendas de 5 milhões de latas neste Carnaval.
A produção deste ano representa um crescimento de 730% em relação à de 2023, de 600 mil latas. Entre parcerias e marketing para o sucesso em seus principais mercados, Belo Horizonte e São Paulo, a principal estratégia é usada no começo da marca: os vendedores ambulantes.
A previsão de faturamento para o Carnaval deste ano é de mais de R$ 20 milhões, 10% do faturamento estimado para o ano, de R$ 200 milhões. Apesar de parecer pouco, segundo Freire as vendas deste período ditam a performance das vendas do resto do ano.
“O investimento para o Carnaval em si é feito durante o ano inteiro. A gente sempre se posicionou como uma bebida do Carnaval, pela praticidade, mas esse ano estamos com estratégias mais agressivas”, afirma Alex Freire, fundador e diretor executivo da Xeque Mate.
Grande parte do lucro da Xeque Mate vem da venda da bebida por ambulantes, sendo 20 mil nas ruas de São Paulo neste ano, 5.000 a mais do que no ano passado. Para o diretor executivo, esse tipo de comércio é fundamental para o sucesso da marca e parte do sucesso que ela ganhou em São Paulo.
Atualmente, São Paulo é responsável por 20% das vendas da marca, perdendo somente para Belo Horizonte, terra natal dos fundadores e da empresa, que representa 70% das vendas.
A Xeque Mate também está tentando ganhar espaço em outros mercados turísticos no Brasil, como Rio de Janeiro, Recife e Florianópolis, cada uma representando 3,3% das vendas da marca.
“Eu e o meu sócio fazíamos o produto em casa no final de semana e vendíamos na rua, porque a Xeque Mate foi criada para ser consumida na rua. São Paulo foi a prova cabal disso, porque vimos a galera, principalmente em Pinheiros, sair dos bares pra consumir a bebida comprada dos ambulantes”.
O marketing da marca está focado justamente no consumo na rua. Entre as estratégias adotadas, a Xeque Mate custeou três blocos de Carnaval dois em Belo Horizonte e um em São Paulo com R$ 15 mil para cada e estoque da bebida para distribuir aos foliões.
Para os ambulantes, serão distribuídas bandeiras, sombrinhas e abadás. A marca optou por distribuir os kits na capital mineira e em Recife. em São Paulo, serão distribuidoras parceiras.
PATRICK FUENTES / Folhapress