SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Disney anuncia investimento de US$ 1,5 bilhão na Epic Games, dona do ‘Fortnite’, planos da Petrobras e outros destaques do mercado nesta sexta-feira (9).
**DARTH VADER E CAPITÃ MARVEL NO ‘FORTNITE’**
A Disney anunciou na quarta (7) a compra de uma fatia da Epic Games, produtora do popular jogo “Fortnite”, por US$ 1,5 bilhão (R$ 7,46 bilhões).
O acordo envolve o licenciamento de personagens e histórias das franquias da Disney, como “Marvel”, “Star Wars”, “Pixar” e “Avatar” para dentro do universo do jogo.
As ações da Disney dispararam 11,50% nesta quinta, na esteira dos anúncios do investimento e do balanço da companhia, que trouxe resultados acima das expectativas do mercado.
A ESTRATÉGIA DA DISNEY
Além de aumentar a fatia na Epic, ela amplia o alcance de seus personagens a um público engajado e que não necessariamente consome seus filmes.
É uma forma de surfar na popularidade dos games sem assumir o risco de gastar com a produção de jogos que podem ser impopulares.
Para a Epic, o investimento também faz sentido para além da grana. A produtora pode desenvolver novas histórias dentro do “Fortnite”, afastando o temor de que o jogo fique repetitivo e perca usuários.
EM NÚMEROS
– 100 milhões de usuários ativos tinha o “Fortnite” em novembro, um patamar recorde, segundo a Epic.
– 3,3 bilhões de pessoas jogaram videogame no ano passado, um aumento de 4,3% em relação a 2022, apontam dados da Newzoo.
Não é só com games que a Disney tenta chegar a um novo público. A companhia distribuirá em seu streaming o filme “Taylor Swift: The Eras Tour”, em uma versão inédita e estendida com cinco músicas a mais que o corte original.
**O ÚLTIMO DOS MOICANOS**
Ser uma das últimas companhias a produzir petróleo no planeta. Esse é o objetivo da Petrobras, pelo menos sob a gestão atual, comandada por Jean Paul Prates, que relatou a meta ao jornal britânico Financial Times.
Para se tornar uma das últimas produtoras do petróleo, a estatal planeja investir mais de US$ 100 bilhões (cerca de R$ 496 bi) na revoção de suas reservas para exploração.
Segundo Prates, a companhia considera a expansão internacional na Europa, África Ocidental e Américas.
Os locais para potenciais novos investimentos incluem Noruega, Reino Unido, Holanda, África Ocidental e Guiana, de acordo com o executivo.
SIM, MAS…
Ao ouvir sobre investimentos no exterior, os investidores e analistas do setor lembram de decisões de gestões passadas, que custaram bilhões à companhia e estiveram envolvidas em denúncias de corrupção.
Prates afirmou que sanar as preocupações dos investidores é a “maior missão” que enfrenta.
Ele disse que foram estabelecidos padrões mais elevados de governança corporativa e que sua experiência como político e executivo de petróleo pode ajudá-lo a resistir à influência política explícita.
Há também os problemas de exploração aqui dentro. Uma das maiores apostas da Petrobras para os próximos anos é a chamada margem equatorial brasileira.
Ela envolve a perfuração de petróleo na foz do rio Amazonas, mas o Ibama negou a licença ambiental. A estatal recorre da decisão.
**’O ANTI-BILL GATES”
“The Bill Gates Problem: Reckoning With the Myth of the Good Billionaire” (O problema Bill Gates: acertando contas com o mito do bom bilionário).
Em um livro ainda não lançado no Brasil, o jornalista americano Tim Schwab afirma que Gates usa a filantropia para envernizar sua imagem, que, segundo ele, foi arranhada por sua falta de ética nos negócios.
Ele fala que o bilionário gasta o patrimônio da Fundação Bill e Melinda Gates, hoje em cerca de US$ 67 bilhões, para ganhar influência, polir sua reputação e se aproveitar de incentivos fiscais.
As críticas são direcionadas sobretudo à falta de transparência da entidade, que é voltada para financiar projetos filantrópicos.
Entre eles, estão o combate ao HIV na Índia, o incentivo à agricultura industrial na África, as políticas de vacinação durante a pandemia de Covid, os novos parâmetros educacionais nos EUA, a erradicação da pólio e a luta contra a malária.
Schwab não esconde a ojeriza que sente de Gates, a quem chama de “imaturo”, “incapaz de ter amigos verdadeiros”, “sabichão arrogante”, com “complexo de Deus” e “câncer da democracia”.
A repulsa é tão grande que chega a comprometer a credibilidade do livro, escreve Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo.
**O QUE MAIS VOCÊ PRECISA SABER**
JUSTIÇA
STF decide que estatal tem de justificar saída de concursado demitido sem justa causa. Voto que prevaleceu exige fundamentos razoáveis em dispensa sem enquadrar em hipóteses da justa causa.
JUSTIÇA
Aposentadoria abre disputa por vaga em órgão que julga causas bilionárias. ‘Jóia da coroa’, câmara empresarial do TJ-SP é considerada desafiadora e vive sob lupa de advogados; salário pode superar R$ 100 mil.
BANCO DO BRASIL
Banco do Brasil lucra R$ 35,6 bilhões em 2023. Mesmo com aumento de despesas, estatal tem resultado recorde.
INFLAÇÃO
Inflação fica acima das projeções em janeiro com pressão de alimentos. IPCA desacelera a 0,42%, enquanto analistas esperavam 0,34%; taxa em 12 meses atinge 4,51%, diz IBGE.
ARTUR BÚRIGO / Folhapress