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Telas Digitais versus Saúde Mental

Adelmo Pinho
Adelmo Pinho
Adelmo Pinho escreve a coluna Reflexão no TH+ Araçatuba. É articulista, cronista e membro da Academia de Letras de Penápolis e da Academia Araçatubense de Letras. Foi Procurador do Estado de São Paulo e está como Promotor de Justiça desde 1995.
Imagem Ilustrativa

Estudo da Universidade Federal do Paraná aponta que: sem limite de idade, o uso excessivo de telas piora saúde mental de diferentes gerações. A tese foi defendida no Programa de Pós-graduação em Medicina Molecular da Faculdade de Medicinada UFMG.

A pesquisa constatou o medo de idosos de ficar longe do celular e 72% das crianças avaliadas tiveram aumento da depressão associado ao abuso da exposição a telas. A pesquisa também constatou que o uso de telas pelos pais para a distração de crianças cria um distanciamento entre filhos e pais, podendo provocar um aumento da disposição para a depressão nas crianças.

O neurocientista francês Michel Desmurget, autor do livro A Fábrica de Cretinos Digitais, adverte para o perigo das telas para as crianças: “ Constante bombardeio perceptivo; desmoronamento das trocas interpessoais (especialmente intrafamiliares); perturbação qualitativa e quantitativa do sono; amplificação das condutas sedentárias; e insuficiência de estimulação intelectual crônica”.

Ney Fonsêca, pediatra, orienta pais sobre a nocividade das telas na formação do cérebro de crianças, que se dá até os 2 anos. Advertiu o especialista, numa entrevista: “Telas são formalmente contraindicadas e a dependência virtual é rápida e vicia” . Ele exemplifica que, quando a criança vê numa tela a imagem de um navio chegando numa ilha, o cérebro não cria nada … Fonsêca orienta que a criança precisa, para a boa formação do cérebro, de afeto, carinho, boa música e aleitamento materno.

Lúcia Moysés, doutora em Psicologia Educacional, no seu livro “Para Além das Telas Digitais”, também chama à atenção sobre esse tema: “… Estudos científicos vêm apontando que crianças que passam mais de quatro horas diárias conectadas estão mais propensas a desenvolverem ansiedade, depressão e baixa autoestima do que as que passam pouco tempo no espaço virtual, e optam por vivenciar atividades próprias do mundo real”.

Mas, qual a razão de o mundo virtual ser mais atrativo do que o real? A autora acima, responde com propriedade: “… E é fácil entender o porquê: no mundo virtual as aparências predominam sobre a realidade …” .

Freud explica: “As massas nunca tiveram sede de verdade. Elas querem ilusões e não vivem sem elas”. O mundo virtual torna-se refúgio ou espaço em que se mentaliza uma vida idealizada, ou seja, como se gostaria que fosse.

Nas redes sociais, em regra, o medíocre fica inteligente; o franzino, forte; o introvertido, torna-se orador … O lema no mundo virtual, para a grande maioria, é: “ esteja bem ou mal, mostre-se bem e bonito (a) na rede social” .

Lúcia Moysés apresenta no referido livro uma interessante “fórmula dos quatro passos” , em relação ao uso de telas, recomendado por neuropediatras às crianças: “não de manhã; não durante as refeições; não no quarto e não na hora de dormir”.

Enfim, necessário lembrar de que o humano não é robô ou IA (inteligência artificial) e precisa interagir com pessoas, animais e plantas. 

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