Missão que busca pouso inédito na Lua divulga primeiras imagens

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A missão IM-1, que tenta realizar nesta semana o primeiro pouso de uma empresa privada na Lua, divulgou suas primeiras imagens. Transmitidos na sexta-feira (16), dia seguinte ao lançamento, os registros foram feitos logo após o módulo Odysseus se separar do segundo estágio do Falcon 9, da SpaceX.

Nas imagens, é possível ver a Terra ao fundo e parte do módulo modelo Nova-C.

Desde que o veículo deixou o Centro Espacial Kennedy, na Flórida (Estados Unidos), a Intuitive Machines forneceu atualizações sobre a IM-1, seu voo de estreia. De forma geral, a missão ocorre dentro do cronograma e a expectativa é de que a alunissagem possa ser feita nesta semana.

A empresa fez a ressalva, entretanto, que atrasos e interrupções na comunicação são esperados em missões lunares.

Após deixar para trás o seu lançador, o módulo ativou de forma autônoma todos os sensores e rádio. Inicialmente, segundo a empresa, o módulo apresentou uma baixa taxa de rotação, fazendo com que seus painéis solares e antenas girassem fora da atitude desejada.

A equipe em Terra conseguiu efetuar uma manobra para corrigir o problema, deixando Odysseus com suas baterias totalmente carregadas.

Houve também a necessidade de adiar em um dia a queima de combustível devido à transmissão intermitente de dados para a equipe que está em Terra, impactando a coleta de informações para apoiar a primeira ignição no espaço do motor de metano e oxigênio líquidos.

Esse acionamento do motor mais tarde foi feito, mas os controladores de voo ainda precisam analisar os dados, coletados a mais de 270 mil quilômetros da Terra.

Espera-se que a IM-1 chegue à cratera Malapert A na próxima quinta (22). Essa região, do polo sul lunar, é uma das candidatas a receber a Artemis 3, prevista para setembro de 2026 e com a qual a agência americana espera ver humanos novamente caminhando no satélite.

Caso tudo corra bem, a IM-1 será a primeira missão privada a realizar um pouso suave na Lua e, também, a primeira alunissagem dos EUA desde a última missão Apollo, há meio século.

‘CARRETO’ DA INTUITIVE MACHINES

O módulo Odysseus tem 675 quilos e transporta seis cargas úteis da Nasa, como parte de um programa da agência para fomentar missões comerciais de carretos lunares. Pelo transporte de seus instrumentos à superfície lunar, ela pagou à Intuitive Machines US$ 118 milhões.

Eles estão ao lado de outras cargas despachadas por entes privados, que vão de coberturas térmicas a esculturas, passando por uma câmera para ser ejetada e fotografar o pouso em perspectiva.

Os instrumentos da Nasa são formados por um sistema de rádio que vai medir fontes astronômicas e o ambiente de plasma na exosfera lunar (a ultratênue, praticamente nula, atmosfera do satélite), um retrorrefletor (instrumento passivo para medição de distância à Lua com laser), um dispositivo para medir velocidade e distância do solo, uma câmera estéreo para observar efeitos da pluma do propulsor sobre o solo na alunissagem, um retransmissor de rádio para localização e um medidor de combustível disponível.

Redação / Folhapress

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