RÁDIO AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio

Especialista avalia que não há comparação entre holocausto e o que ocorre em Gaza

Lula | Foto: Ricardo Stuckert/PR

A crise entre Brasil e Israel ganhou novos capítulos nas últimas horas. O presidente Lula foi declarado persona non grata em Israel e, em resposta, o embaixador Frederico Meyer foi chamado de volta ao Brasil, numa demonstração de descontentamento do governo brasileiro.

O estremecimento das relações se deu após o presidente Lula comparar, em entrevista na África, os ataques de Israel à Faixa de Gaza ao holocausto promovido por nazistas e que matou  6 milhões de judeus.

Para o professor visitante da Universidade de Relações Exteriores da China, Marcus Vinicius de Freitas, não há comparação entre o holocausto e o que está ocorrendo em Gaza. “ Holocausto é quando nos referimos à situação particularmente atrelada ao que ocorreu na segunda guerra com o povo judeu. Genocídio são práticas e políticas de Estado no sentido de perseguir e extinguir determinado grupo de pessoas ou populações”, diz o professor.

Segundo ele, para determinar se está ocorrendo um genocídio em Gaza é preciso ter uma investigação sobre o assunto. O professor diz que a Corte Internacional de Justiça deve levar 3 ou 4 anos para apurar toda situação.

Marcus Vinicius de Freitas afirma ainda que o presidente Lula foi infeliz ao fazer essa comparação. Ele entende que “muitas vezes usamos palavras que soam fáceis para as pessoas compreenderem, mas que acabam distorcidas. O presidente Lula se equivocou ao usar o termo genocídio porque é necessário apurar se existe essa prática”.

O especialista avalia que as palavras de Lula podem dar ao governo de Benjamin Netanyahu um sentimento de perseguição e que também é levado à sociedade israelense. Por outro lado, ele diz que isso reverbera positivamente entre os países árabes.

A relação Brasil-Israel não deve ser extinta com essa crise, de acordo com o professor Marcus. Pode até ocorrer um “esfriamento”, mas não um rompimento. “O Brasil tem uma participação histórica no processo de reconhecimento do Estado de Israel”.

 Apesar disso, o especialista diz que Lula errou porque não se deve trazer a questão do holocausto e nazismo ao tratar desses  assuntos. Por outro lado, ele lembra que o apoio internacional à Israel após os ataques do Hamas tem diminuído e muito por causa da resposta desproporcional dos israelenses.

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS