SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um raio atingiu o sistema elétrico da linha 9-esmeralda do trem de São Paulo por volta das 14h desta quarta-feira (21), causando lentidão na circulação e superlotação nas estações.
Segundo a ViaMobilidade, administradora da via, a descarga atmosférica ocorreu na região do Grajaú, extremo sul da capital. Desde então, “a circulação de trens está interrompida entre as estações Primavera-Interlagos e Mendes-Vila Natal,” diz a empresa. Ainda não há prazo para resolução.
Mais de 40 ônibus da operação Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) foram acionados para atender o trecho afetado.
No restante da linha, os intervalos são de cerca de dez minutos. Mais cedo, porém, a situação foi de trens parados mais de 20 minutos entre estações, com ar-condicionado desligado ou inconstante pela falta de energia.
Um dos carros chegou a ficar inoperante mais de meia hora entre as estações Granja Julieta e Morumbi, com as luzes apagas e sem refrigeração. O problema durou das 14h30 às 14h50. Algumas pessoas relatavam mal-estar, outras xingavam a concessionária.
A cada parada, para maior desconforto dos passageiros, os vagões ficavam mais abarrotados pela aglomeração de pessoas aguardando o transporte. O empurra-empurra dos usuários por espaço nas composições causou brigas.
O problema desta quarta não é isolado. Ministério Público de São Paulo e ViaMobilidade fecharam em novembro um acordo de R$ 786 milhões para que a concessionária não seja processada pelas recorrentes falhas nas linhas 8-diamante e 9-esmeralda dos trens. Entre as obrigações estão construir escolas e de um complexo esportivo e melhorias em estações.
A Promotoria destaca oito problemas ocorridos desde março do ano passado, como seis descarrilamentos e uma colisão de um trem da linha 8-diamante na estação Júlio Prestes, na região central da capital.
O primeiro ano de operação das linhas após a concessão teve, em média, uma falha a cada três dias. Reportagem da Folha de S.Paulo mostrou que foram 166 registros entre janeiro de 2022, quando começou a concessão, até janeiro deste ano.
Redação / Folhapress