RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – A participação de Carlos Alcaraz no Rio Open 2024 durou apenas 18 minutos. Com uma torção no tornozelo direito, ele precisou abandonar a partida contra o brasileiro Thiago Monteiro na última terça-feira (20). No entanto, a curta passagem do tenista espanhol na competição tem tudo para ser apenas um até breve. O UOL apurou que o número 2 do ranking mundial já negocia uma renovação de contrato com a organização.
O QUE ACONTECEU
Alcaraz havia assinado um contrato de três anos com o Rio Open. Ele foi campeão em 2022, vice em 2023 e fez sua última participação este ano. No entanto, mesmo antes do início da competição, as partes já conversavam sobre a extensão deste vínculo.
As conversas estão avançadas, mas ainda faltam detalhes. Um deles é o novo tempo de contrato, algo que ainda não está definido.
O tenista espanhol recebeu quase R$ 1,9 milhão de cachê no Rio Open 2024. Este valor foi estabelecido na assinatura do contrato, onde existia uma cláusula que previa o pagamento de US$ 375 mil caso ele estivesse no top 5 do ranking. Atualmente ele é o nº 2. Se estivesse fora, a quantia seria um pouco menor: US$ 210 mil. Os detalhes do contrato foram revelados em 2023 pela coluna “Olhar Olímpico”.
O jogador precisava apenas se aquecer em quadra para ativar o gatilho do contrato. Não era necessário jogar sequer um ponto. O espanhol, porém, abandonou a partida quando estava 1 a 1 no primeiro set e foi muito aplaudido pela garra em tentar voltar a jogar mesmo contundido. Ele foi a principal estrela da edição deste ano.
A arrecadação de Alcaraz poderia ser ainda maior com premiações. Porém, com a eliminação por lesão no primeiro jogo, os valores não sofrerão grandes alterações.
O cachê sai da fatia do orçamento obtida via Lei Estadual de Incentivo ao Esporte do Rio de Janeiro. O Rio Open, ano passado, por exemplo, captou R$ 13,8 milhões da Claro, em valores que foram descontados do ICMS devido pela empresa.
PRAIA, UNIFORME VERDE E AMARELO E SPARRING BRASILEIRO
Carismático, Alcaraz “absorveu” o Brasil em 2024. O espanhol soube valorizar o status de estrela da edição e tentou retribuir o carinho que recebeu dos brasileiros desde que desembarcou no Rio de Janeiro.
O espanhol de 20 anos fez treinos na praia de Ipanema e foi simpático. Em diversos perfis dedicados ao atleta nas redes sociais, ele aparece ao lado de populares na areia e sempre sorridente.
Alcaraz adotou um uniforme verde e amarelo. Ele o utilizou na partida contra o brasileiro Thiago Monteiro, onde acabou torcendo o tornozelo direito.
O número 2 do mundo também escolheu o mesmo sparring brasileiro pelo 3º ano seguido. O nome dele é Gabriel Sidney, paranaense e tenista profissional, mas que não disputa o Rio Open.
“Eu estava num torneio na Turquia. Quando pousei, tinha uma mensagem dele no Instagram: ‘Está no Rio de novo? Vamos fazer aquele treino?’. Então, não tenho nada de ruim para falar dele. Além do jogador que é, é uma pessoa muito humilde, acessível. Ele pergunta como estou indo nos torneios. É surreal ver tanto talento numa pessoa e, fora das quadras, não perder a humildade. Tiro o chapéu para o Alcaraz. Virou um amigo e, claro, sou fã dele também”, diz Gabriel Sidney, sparring de Alcaraz no Rio Open.
BRUNO BRAZ / Folhapress