Moradores do Condomínio Fênix, em Campinas, continuam sem saber quando vão poder voltar pra casa. O prédio, que fica na rua Hércules Florence, foi vistoriado pela Defesa Civil e por um engenheiro dos bombeiros e, inicialmente, não teve danos estruturais.
Neste momento, agentes do exército seguem no apartamento do coronel da reserva, realizando a retirada de escombros no local. Segundo a Defesa Civil, ainda há explosivos entre os escombros.
O responsável pelo apartamento segue sendo procurado pela Polícia Civil para prestar esclarecimentos.
Entenda o caso:
O incêndio começou na noite de sábado, 24, após uma explosão no cofre do apartamento onde vários armamentos e munições, incluindo uma granada, estavam armazenados. Diversas explosões foram registradas no local, que armazenava milhares de munições.
Todos os moradores foram retirados do edifício. Para realizar o resgate, os bombeiros precisaram usar coletes balísticos, em virtude da quantidade de munições armazenadas. Ao todo, 44 pessoas estavam no prédio enquanto as explosões aconteciam. Dessas, 19 foram retiradas utilizando técnicas de rapel e o restante só conseguiu sair após a ventilação da escada.
Durante a manhã desta segunda-feira, 26, uma nova vistoria foi realizada e os moradores continuam sem poder voltar aos apartamentos.
Armazenamento de granada é proibido:
Nossa equipe de reportagem conversou com um especialista em segurança sobre o caso, o Coronel Robinson Cabral de Oliveira, que é ex-comandante da PM na capital paulista, afirmou que ainda há muitas dúvidas a serem respondidas principalmente sobre a autorização de armazenagem dessas armas e munições.
O especialista diz que o armazenamento de granada não é permitido em hipótese alguma. Segundo ele esse tipo de munição é permitido exclusivamente para o uso das forças armadas, devido ao alto poder de destruição. Mas que é necessário ainda analisar se a granada estava ou não carregada.
Outra questão a ser respondida é sobre a autorização do Colog – Comando Logístivo do Exército Brasileiro. A legislação atual permite que oficiais a possuam apenas 6 armas. Sendo 5 de uso restrito do exército. Além de limitar a quantidade de munições. Porém se o oficial na legislação anterior já possuía essas armas, ele pode estar dentro da legislação.
*Supervisão Marcela Gomes