O Comando Militar do Sudeste confirmou na tarde de hoje, 26, que abriu um processo administrativo para apurar possíveis irregularidades no arsenal armazenado pelo Coronel da reserva no condomínio Fênix, em Campinas. Uma explosão na noite do último sábado, 24, teria dado início ao incêndio no apartamento que fica no primeiro andar do edifício, deixando 44 pessoas presas nos andares superiores. Bombeiros precisaram usar técnicas de rapel e coletes a prova de balas para resgatar as vítimas.
A nota divulgada pelo Comando Militar do Sudeste confirma a abertura do processo administrativo e que vai verificar possíveis irregularidades quanto a situação cadastral do acervo. O coronel tem registro válido como atirador, caçador e colecionador, o que permite a posse e armazenagem de armas de fogo e munições, de acordo com uma série de prescrições legais.
No entanto, nossa equipe de reportagem conversou com um especialista em segurança sobre o caso, o Coronel Robinson Cabral de Oliveira, que é ex-comandante da PM na capital paulista, afirmou que ainda há muitas dúvidas a serem respondidas principalmente sobre a autorização de armazenagem dessas armas e munições.
O especialista diz que o armazenamento de granada não é permitido em hipótese alguma. Segundo ele esse tipo de munição é permitido exclusivamente para o uso das forças armadas, devido ao alto poder de destruição. Mas que é necessário ainda analisar se a granada estava ou não carregada.
Outra questão a ser respondida é sobre a autorização do Colog – Comando Logístivo do Exército Brasileiro. A legislação atual permite que oficiais a possuam apenas 6 armas. Sendo 5 de uso restrito do exército. Além de limitar a quantidade de munições. Porém se o oficial na legislação anterior já possuía essas armas, ele pode estar dentro da legislação.
Investigação:
Quem investiga o caso é a Polícia Civil, que ainda procura o militar da reserva para prestar esclarecimentos. Também foram realizadas perícias no apartamento para identificar o que pode ter causado o incêndio.