SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Carlos Belmonte, diretor de futebol do São Paulo, pediu desculpas ao técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, após chamar o treinador de “português de merd*” depois da partida entre as equipes pela fase de grupos do Campeonato Paulista.
“Eu vou fazer um pronunciamento, muito mais do que isso, na verdade um pedido de desculpas ao técnico Abel Ferreira. No calor, ao final da partida entre São Paulo e Palmeiras, acabei proferindo uma frase inadequada. Portanto peço desculpas ao Abel Ferreira e também ao Palmeiras, uma instituição importante do futebol brasileiro, e também a comunidade portuguesa. Naquele momento eu buscava identificar o técnico Abel Ferreira ao árbitro. Mas de novo, repito, a frase foi inadequada. Com isso peço desculpas. Continuarei obviamente defendo o São Paulo Futebol Clube, sempre que achar necessário, mas não mais dessa forma que foi inadequada. Essa forma não repetirei. A defesa do São Paulo, sim”, disse Carlos Belmonte.
Carlos Belmonte foi flagrado xingando Abel de “português de merd*”. A frase foi dita durante confusão entre a delegação do São Paulo e a arbitragem no túnel do vestiário após o empate em 1 a 1 entre as equipes no início do mês.
O diretor ainda xinga o árbitro do jogo, Matheus Delgado Candançan, e acusa Abel de “apitar o jogo”. A polícia precisou intervir para conter diretores e jogadores do Tricolor que partiam para cima da arbitragem.
Após a vitória contra o Botafogo-SP, no último fim de semana, Abel pediu punições a Belmonte: “Eu espero que as mesmas autoridades que me castigaram por determinados comportamentos que tive, sejam iguais com outros comportamentos semelhantes ou piores que também são feitos, e que tomem as mesmas medidas. Eu não quero nada para mim, quero as coisas justas. Sou democrático. Eu não conheço esse senhor (Belmonte). Se duvidar, ele é uma pessoa espetacular, mas nunca falei com ele.”
O Palmeiras soltou uma nota oficial acusando o diretor de futebol Carlos Belmonte de xenofobia contra o técnico Abel Ferreira. O clube afirmou estudar as medidas legais cabíveis.
FLAVIO LATIF / Folhapress