SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com 34,7°C, a cidade de São Paulo teve neste sábado (16) o dia mais quente do ano e a maior temperatura para o mês de março em ao menos 81 anos, desde que o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) passou a fazer a estatística, em 1943.
A temperatura foi alcançada às 15h de sábado no mirante de Santana, na zona oeste, responsável pela medição oficial na capital paulista, mas só foi aferida manualmente à noite pelo instituto.
À tarde, o Inmet havia dito que a temperatura máxima havia chegado a 33,9°C às 15h, mas com alerta de que o dado poderia mudar às 21h, quando seria realizada a verificação derradeira.
Neste domingo (17), a máxima às 15h na estação convencional do mirante foi de 34,3°C –o dado pode ser corrigido à noite.
A maior marca para um mês de março, de 34,3°C, havia sido registrada em 2012.
Essa mesma temperatura era o recorde do ano até agora, medida nas últimas quinta (14) e sexta (16), e nos dias 8 e 9 de janeiro.
A alta temperatura às vésperas do fim do verão –o outono começa no inicio da madrugada da próxima quarta-feira (20)– ocorre por causa de uma onda de calor que atinge parte do país.
As altas temperaturas foram provocadas por uma onda de calor provocada por uma massa de ar quente e seco instalada no centro-oeste do país, com deslocamento para o sudeste, de acordo com a Climatempo.
Essa massa de ar quente impediu o avanço de frentes frias que poderiam amenizar a temperatura, o que só deverá acontecer a partir da próxima segunda-feira (18), e mesmo assim, com pouco refresco –neste dia, a oscilação na capital paulista, por exemplo, deverá ficar entre 23ºC e 31ºC, mas com chuvas isoladas.
Pelas normas do instituto, para ser uma onda de calor, a temperatura precisa ficar 5°C acima da média por mais de três dias e em uma grande área.
Na quinta-feira, o Inmet chegou a emitir alerta vermelho de calor –o mais alto e que representa grande perigo para São Paulo e mais quatro estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.
Nos dias de calor intenso, as principais recomendações são de não realizar exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre as 10h e as 16h; evitar aglomerações em ambientes fechados; usar soro fisiológico nos olhos e narinas e reforçar a hidratação.
FÁBIO PESCARINI / Folhapress