SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Prefeitura de São Paulo decretou estado de emergência por epidemia de dengue. A cidade registrou, até quarta-feira (13), 49.721 casos confirmados, número que ultrapassa 414,1 casos por 100 mil habitantes, segundo dados divulgados no boletim desta segunda-feira (18).
O decreto seguirá a recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde) que considera que taxas acima de 300 casos por 100 mil habitantes indicam uma situação epidêmica. Onze pessoas já morreram por dengue este ano na capital.
A declaração da emergência permite o emprego urgente de medidas de prevenção e contenção de riscos para epidemias, surtos, doenças emergentes e desastres, conforme definição do Ministério da Saúde.
A previsão da gestão é de que a cidade ainda atinja o platô (isto é, quando há uma estabilização de novos registros antes da queda) de casos em abril.
Em entrevista a jornalistas na quarta-feira (13), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) anunciou um pacote de medidas para reforço no combate à doença, que inclui a ampliação no horário de atendimento em 80 AMAs (Atendimento Médico Ambulatorial) até às 22h, o reforço de 3.200 agentes de saúde nas 32 subprefeituras do município e o apoio de 6.500 mães já contratadas pelo Programa Operação Trabalho que vão ajudar na conscientização sobre o combate ao mosquito.
O estado de São Paulo decretou emergência no dia 5 de março. Na ocasião, a secretária de Saúde em exercício, Priscilla Perdicaris, afirmou que o objetivo era facilitar a compra de insumos médicos e contratação de equipes por municípios. Segundo o painel do ministério, o estado tem mais de 234 mil casos confirmados da doença.
Pelo menos oito outros estados já fizeram o mesmo, como Acre, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Amapá, além do Distrito Federal.
Dentre as capitais, Rio de Janeiro (RJ), Florianópolis (SC), Macapá (AP), Natal (RN) e Belo Horizonte (MG) também declararam emergência epidemiológica por causa da doença.
O Brasil enfrenta epidemia da doença, com 1.684.781 de casos prováveis da doença e 513 mortes confirmadas em 2024. A taxa de incidência já chega a 829,7 casos por 100 mil habitantes.
LUANA LISBOA E PATRÍCIA PASQUINI / Folhapress