SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Thiago Carpini está vivendo a primeira turbulência no comando técnico do São Paulo após a eliminação para o Novorizontino no Paulista.
Carpini foi chamado de burro por parte da torcida que esteve no Morumbis durante a partida contra o Novorizontino. Muitos torcedores ficaram incomodados com o fato de o técnico demorar para colocar James Rodríguez na partida posteriormente, ele explicou que o colombiano teve problemas na preparação durante a semana.
Com a derrota nas penalidades, mais torcedores demonstraram a indignação com o técnico. A torcida tricolor não gostou das alterações que Carpini fez durante o jogo: entraram Erick, Michel Araújo (que desperdiçou sua penalidade), Igor Vinícius e James Rodríguez. Galoppo, que tem prestígio com a torcida, ficou o jogo todo no banco de reservas.
Apesar da rejeição por parte da torcida, o técnico afirmou em entrevista coletiva que tem respaldo da diretoria e dos jogadores: “A gente segue convicto, trabalhando, me sinto respaldado [pela direção]. Essa semana foi um ambiente que tínhamos muita confiança pro jogo desta segunda-feira (18), tanto da diretoria quanto do elenco. Isso me motiva. Acredito que o São Paulo vai fazer uma temporada muito boa, sei o quanto esse elenco é capacitado”.
Carpini tem a seu favor o título da Supercopa do Brasil contra o Palmeiras e a quebra do tabu de quase 10 anos sem vencer o Corinthians na Neo Química Arena.
CARPINI PROVA DO PRÓPRIO VENENO
No Paulistão do ano passado, Carpini era o técnico do Água Santa. O time de Diadema foi o algoz do São Paulo nas penalidades também nas quartas de final.
O Água Santa chegou à decisão e venceu o jogo de ida contra o Palmeiras, mas acabou sendo goleado na volta no Allianz Parque e acabou ficando com um vice.
O trabalho à frente do Netuno fez Carpini ganhar notoriedade. Após a campanha no Paulista, o treinador chamou a atenção do Juventude e conseguiu o acesso à elite do futebol no time gaúcho no início do ano, chegou ao São Paulo.
FLAVIO LATIF / Folhapress