Um gerente de posto de combustíveis, foi preso no domingo,17, após confessar ter enforcado e matado Mônica Matias de Paula de 33 anos desaparecida desde o dia 4 de março, guardava na casa dele, em Americana, 80 armas e 16,3 mil munições, segundo a Polícia Civil.
O homem, de 47 anos, tem registro de colecionador, atirador e caçador (CAC), mas nem todo o arsenal estava legalizado. A vítima, também é moradora de Americana. de acordo com a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), a mulher manteve uma relação extraconjugal com o homem, já que ele é casado com uma pastora.
A defesa do homem afirma que os dois tiveram apenas dois encontros e ela começou a fazer “ameaças à integridade física da família dele”. Já no início das investigações, o namorado de Mônica registrou um boletim de ocorrência de desaparecimento no dia 6 de março, no qual já relatava a possibilidade da participação do gerente no crime.
O Caso
O corpo de uma mulher foi encontrado na tarde desta sexta-feira, 15, em meio a uma plantação de cana de açúcar, na área rural de Limeira. O canavial fica às margens da Estrada Municipal Janete Fonseca Dos Santos Candioto, conhecida como LIM 391.
Um trabalhador rural fazia o serviço de capina química quando encontrou o corpo. Ele acionou a Polícia Militar, que ao chegar no local, percebeu que o corpo estava em estado avançado de decomposição.
Foi possível identificar que se tratava de que a vítima era Mônica, por conta das tatuagens no corpo. Os policiais, por meio de uma pesquisa, descobriram que havia uma mulher desaparecida. Ela havia saído de casa e não foi mais vista.
Segundo a PM, as tatuagens eram idênticas as da mulher desaparecida. A família esteve no local e identificou também as roupas usadas pela vítima. A Polícia Civil e cientifica também estiveram no local. Um perícia foi realizada e agora um inquérito deve ser aberto para investigar o caso.
A aflição da família
Mônica tinha sumido no dia 4 de Março. A família saiu em busca dela nas redes sociais. Antes do desaparecimento, foram vistas mensagens ameaçadoras de uma mulher no celular dela. “Se a polícia de Americana pedisse para a justiça permitir a entrada no celular dela, quem sabe, a gente descobriria o que estava acontecendo. só queremos encontrar minha irmã, apenas uma resposta”, declarou a irmã que prefere não ser identificada.
Os filhos da vítima já estão com a família dela. Antes do corpo ser encontrado, os familiares tiveram pistas falsas, quatro dias antes: “A gente só queria uma resposta porque é doído demais. Chegaram a nos dizer que ela havia sido encontrado morta, minha mãe passou mal, e era mentira. Por isso, pedimos que se alguém sabe onde ela está que informe a GCM no 153 ou a PM no 190, pois foi registrado boletim de ocorrência”, a irmã concluiu.
A Versão do Autor
Segundo o próprio investigado, ele cometeu o crime depois de estar supostamente sendo chantageado e ameaçado pela garota, que ele chegou a sair e ter relações sexuais algumas vezes. Chegando a fazer contato com sua esposa que é pastora de uma igreja em Americana no Parque Novo Mundo, ameaçando de contar aos seus seguidores religiosos, sobre sua “falsa vida de pregações”.
Diante disso ele a convidou para sair, seguindo para uma área rural da cidade de Limeira, e a espancou e estrangulou até a morte. O corpo da vítima foi localizado na sexta-feira,15, na cidade de Limeira em uma área rural.
Na residência, havia diversas armas registradas em seu nome, e alguma não registradas de colecionadores, sendo apreendidas. Sua esposa nega a participação de qualquer forma, e diz que seu marido negou o envolvimento com a mulher, após receber mensagens de ódio em redes sociais, e falas do que a vida dele eram uma farsa.
O autor de 47 anos morador na Chácara Mantovani em Americana, confessou o crime e foi apresentado juntamente com as armas apreendidas na DIG onde o delegado Dr. Filipe Rodrigues de Carvalho determinou a prisão do suspeito.
*Supervisão Ettore Melato