O que se sabe sobre o caso Mônica; suspeito do crime guardava arsenal em casa

Isabela Reis (sob supervisão)
Isabela Reis (sob supervisão)
21 anos, estudante de Jornalismo na Puc Campinas

Um gerente de posto de combustíveis, foi preso no domingo,17, após confessar ter enforcado e matado Mônica Matias de Paula de 33 anos desaparecida desde o dia 4 de março, guardava na casa dele, em Americana, 80 armas e 16,3 mil munições, segundo a Polícia Civil.

O homem, de 47 anos, tem registro de colecionador, atirador e caçador (CAC), mas nem todo o arsenal estava legalizado. A vítima, também é moradora de Americana. de acordo com a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), a mulher manteve uma relação extraconjugal com o homem, já que ele é casado com uma pastora.

A defesa do homem afirma que os dois tiveram apenas dois encontros e ela começou a fazer “ameaças à integridade física da família dele”. Já no início das investigações, o namorado de Mônica registrou um boletim de ocorrência de desaparecimento no dia 6 de março, no qual já relatava a possibilidade da participação do gerente no crime.

O Caso


O corpo de uma mulher foi encontrado na tarde desta sexta-feira, 15, em meio a uma plantação de cana de açúcar, na área rural de Limeira. O canavial fica às margens da Estrada Municipal Janete Fonseca Dos Santos Candioto, conhecida como LIM 391.

Um trabalhador rural fazia o serviço de capina química quando encontrou o corpo. Ele acionou a Polícia Militar, que ao chegar no local, percebeu que o corpo estava em estado avançado de decomposição.

Foi possível identificar que se tratava de que a vítima era Mônica, por conta das tatuagens no corpo. Os policiais, por meio de uma pesquisa, descobriram que havia uma mulher desaparecida. Ela havia saído de casa e não foi mais vista.

Segundo a PM, as tatuagens eram idênticas as da mulher desaparecida. A família esteve no local e identificou também as roupas usadas pela vítima. A Polícia Civil e cientifica também estiveram no local. Um perícia foi realizada e agora um inquérito deve ser aberto para investigar o caso.

A aflição da família

Mônica tinha sumido no dia 4 de Março. A família saiu em busca dela nas redes sociais. Antes do desaparecimento, foram vistas mensagens ameaçadoras de uma mulher no celular dela. “Se a polícia de Americana pedisse para a justiça permitir a entrada no celular dela, quem sabe, a gente descobriria o que estava acontecendo. só queremos encontrar minha irmã, apenas uma resposta”, declarou a irmã que prefere não ser identificada.

Os filhos da vítima já estão com a família dela. Antes do corpo ser encontrado, os familiares tiveram pistas falsas, quatro dias antes: “A gente só queria uma resposta porque é doído demais. Chegaram a nos dizer que ela havia sido encontrado morta, minha mãe passou mal, e era mentira. Por isso, pedimos que se alguém sabe onde ela está que informe a GCM no 153 ou a PM no 190, pois foi registrado boletim de ocorrência”, a irmã concluiu.

A Versão do Autor

Segundo o próprio investigado, ele cometeu o crime depois de estar supostamente sendo chantageado e ameaçado pela garota, que ele chegou a sair e ter relações sexuais algumas vezes. Chegando a fazer contato com sua esposa que é pastora de uma igreja em Americana no Parque Novo Mundo, ameaçando de contar aos seus seguidores religiosos, sobre sua “falsa vida de pregações”.

Diante disso ele a convidou para sair, seguindo para uma área rural da cidade de Limeira, e a espancou e estrangulou até a morte. O corpo da vítima foi localizado na sexta-feira,15, na cidade de Limeira em uma área rural.

Na residência, havia diversas armas registradas em seu nome, e alguma não registradas de colecionadores, sendo apreendidas. Sua esposa nega a participação de qualquer forma, e diz que seu marido negou o envolvimento com a mulher, após receber mensagens de ódio em redes sociais, e falas do que a vida dele eram uma farsa.

O autor de 47 anos morador na Chácara Mantovani em Americana, confessou o crime e foi apresentado juntamente com as armas apreendidas na DIG onde o delegado Dr. Filipe Rodrigues de Carvalho determinou a prisão do suspeito.

*Supervisão Ettore Melato

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