ATIBAIA, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Antes de retornar ao Brasil, após ser liberado para resolver problemas pessoais em Portugal, o técnico António Oliveira, do Corinthians, elogiou o elenco alvinegro em entrevista ao jornal português “A Bola”.
O QUE ACONTECEU
“Não desaprenderam”. António Oliveira ressaltou seu trabalho de resgate no clube, dividindo a melhora dentro de campo desde sua chegada com a qualidade do elenco.
Desde a chegada de António, o Corinthians disputou sete partidas, com quatro vitórias, dois empates e uma derrota.
Sem vaga no Paulista, mas classificado na Copa do Brasil. Apesar dos resultados melhores, o Corinthians não conseguiu vaga na segunda fase do estadual; já na Copa do Brasil, o time alvinegro bateu Cianorte e São Bernardo para garantir um lugar na terceira fase.
“O elenco do Corinthians tem muita qualidade. Só jogadores de grande capacidade técnica, tática, profissional e humana para representar este clube. Felizmente, tenho isso ao meu dispor. Como sempre disse, desde a minha chegada, [meu trabalho] é resgatar o melhor deles – não desaprenderam [no início da temporada] -, resgatar a confiança e voltar a vê-los jogar bem, ter prazer no que fazem. É um modo de jogar novo para eles, mas que rapidamente me deixou satisfeito. são pessoas de grande caráter, profissionalismo e vontade enorme de aprender, de crescer e evoluir. Eles têm feito isso durante a semana, nos treinos, e transportado para os jogos. Os resultados têm sido satisfatórios. Mas, o trabalho não é começar bem, e sim terminar bem”, disse António Oliveira, em entrevista ao jornal português “A Bola”
“DESGASTE EMOCIONAL” NO BRASIL
António também falou sobre o sucesso de técnicos portugueses no Brasil. O treinador entende que a longevidade ajuda no trabalho, mas ressaltou que o futebol brasileiro é desgastante emocionalmente.
“A longevidade no Brasil nos dá [a mim e ao Abel Ferreira] uma bagagem para enfrentar algo que conhecemos bem. Conhecemos a competição, os jogadores, outros treinadores, os árbitros. Isso nos dá um conforto maior para fazermos nosso trabalho e transmitirmos o melhor para nossos jogadores, para podermos alcançar nossos objetivos. Tem também o Pedro [Caixinha], que fez um ótimo trabalho ano passado. Ele está em um projeto estável no Brasil, e isso é difícil de encontrar lá, pelas peculiaridades. Eu fico feliz pelo sucesso do Pedro e do Abel. É sinal que estamos conseguindo bons resultados em uma cultura futebolística bastante agressiva. É muito desafiadora, é fascinante, mas, ao mesmo tempo, é emocionalmente desgastante”, afirmou o técnico.
Redação / Folhapress