Há 32 anos, Ayrton Senna vencia o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1

Ayrton Senna do Brasiiiiilllll!!!! Há exatos 32 anos, no dia 24 de março de 1991, Ayrton Senna, um dos maiores ídolos da história do nosso país, vencia pela primeira vez o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1. Relembre essa conquista de um dos maiores esportidas brasileiros de todos os tempos.

Ayrton Senna segurando a bandeira brasileira durante o pódio do Grande Prêmio Brasileiro de Fórmula 1 | Foto: Site Oficial

Ayrton Senna e o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1

Na época, em seus seis anos de carreira como piloto de Fórmula 1, Senna já era o “rei das pole positions” e havia sido campeão mundial duas vezes – em 1988 e em 1990. O terceiro título foi conquistado justamente em 1991.

Esta corrida é uma das mais lembradas da carreira do piloto brasileiro, pois foi marcada por um final dramático, com a perda de quase todas as marchas da McLaren de Senna e o consequente desgaste físico acima do normal, fazendo com que ele não conseguisse sair do carro sozinho.

Logo após a bandeirada final no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, a comunicação de rádio da equipe foi aberta na TV, no exato momento em que Ayrton gritava, em parte pela vitória inédita como também pelas dores que sentia devido ao desgaste da corrida.

Ainda na pista, em seguida à conquista inédita de Senna, os fiscais de pista comemoravam a vitória do brasileiro com pulos e abraços.

As honras

Mais tarde, Ayrton Senna retornou a sua casa, na Zona Norte da cidade de São Paulo escoltado por policiais, devido à presença maciça de público em frente a sua residência. Em seguida, já em cima do muro que cercava a mansão, Senna acenou para o emocionado público presente. 

Logo após a conquista do tricampeonato mundial de Fórmula 1, em 1991, Senna foi recebido com honras militares e de estadista na sua chegada na capital paulista.

Primeiro, o avião no qual ele aportou em São Paulo foi acompanhado, no trecho final da viagem, por caças da Força Aérea Brasileira. Logo após, recebeu da então prefeita Luiza Erundina, a chave da cidade. Em seguida, desfilou em carro aberto pelas ruas da cidade.

Se estivesse vivo, Ayrton Senna teria completado 63 anos no último dia 21 de março. 

O acidente fatal durante o GP de San Marino

O piloto de Fórmula 1 partiu muito cedo, aos 34 anos, vítima de um acidente fatal – aos olhos do mundo inteiro – durante o GP de San Marino, na Itália, em 1994. 

O governo brasileiro da época declarou três dias de luto oficial e o velório de Ayrton Senna foi uma das maiores comoções da história do nosso país.

Quem vivenciou este momento nunca esqueceu que a música escolhida para tocar durante a cerimônia foi uma das canções preferidas de Senna: Canção da América, composta por Milton Nascimento e Fernando Brant.

A amizade de Milton Nascimento e Ayrton Senna

O curioso é que Milton e Senna eram grandes amigos e a música fala exatamente sobre o tema amizade. Milton não escreveu essa música para Ayrton, mas a canção virou um símbolo da amizade dos dois e também do amor incondicional de todo o Brasil pelo maior piloto de todos os tempos.

Canção da América foi escrita por Milton Nascimento para o músico sul-africano Ricky Fataar, que o brasileiro conheceu quando foi gravar um disco inteiro em inglês, em Los Angeles, em 1979: Journey To Dawn.

A canção original, que entrou para este álbum, é em inglês e se chama Unencounter. A versão em português foi escrita depois, por Fernando Brant, grande parceiro de Milton

Milton Nascimento ficou tão abalado com a morte de Ayrton Senna (que veio em seguida da perda de alguns outros amigos próximos), que até pensou em deixar de cantar, fato que não se concretizou – para a nossa sorte – graças a um garotinho integrante de um coral que acompanhou Milton no que ele havia decidido ser o seu último show. 

Milton conta que a criança o olhou fixamente e com compaixão, como se soubesse da decisão do cantor. Essa ocasião fez com que Bituca escrevesse outra belíssima canção – O Rouxinol, que entrou para o seu disco Nascimento, de 1997 (esta história está contada no Acervo MPB Especial Milton Nascimento, um podcast original Novabrasil)

Canção da América

Depois, Canção da América foi usada para homenagear Ayrton Senna em diversas ocasiões e entrou para o álbum Tributo a Um Campeão, de 1994, dedicado ao piloto. 

Hoje, a gente traz ela de volta, para lembrar Ayrton Senna do Brasil!

Amigo é coisa pra se guardar

Debaixo de sete chaves

Dentro do coração

Assim falava a canção que na América ouvi

Mas quem cantava chorou

Ao ver o seu amigo partir

Mas quem ficou, no pensamento voou

Com seu canto que o outro lembrou

E quem voou, no pensamento ficou

Com a lembrança que o outro cantou

Amigo é coisa para se guardar

No lado esquerdo do peito

Mesmo que o tempo e a distância digam “não”

Mesmo esquecendo a canção

O que importa é ouvir

A voz que vem do coração

Pois seja o que vier (seja o que vier)

Venha o que vier (venha o que vier)

Qualquer dia, amigo, eu volto

A te encontrar

Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar

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