O futurismo indígena de Brisa Flow, no Vitrine

É hora que mergulhar no que existe de mais novo na nova cena da música brasileira! No Vitrine, com Lívia Nolla, você conhece os nomes que estão dando seus primeiros passos, mas que já valem uma audição atenta. O papo da semana foi com um dos principais expoentes do futurismo indígena no Brasil, Brisa Flow.

Brisa de la Cordillera, mais conhecida como Brisa Flow é multiartista: cantora, compositora, escritora e pesquisadora musical e poeta. Constrói arte a partir da vivência de seu corpo no mundo, sendo uma artista ameríndia (indígenas da América), do povo Mapuche.

Brisa Flow é convidada do Vitrine, com Lívia Nolla | Foto: novabrasil

Iniciou seu processo artístico em Belo Horizonte, frequentando batalhas de rap. Hoje, acrescentou também a sua música os cantos ancestrais, o eletrônico, a música andina com a música brasileira, o jazz e neo/soul.

Mc da cultura hip hop e filha de artesãos araucanos, pesquisa e defende a música indígena contemporânea, a arte dos povos originários e o rap como ferramentas necessárias para combater o epistemicídio (o apagamento, desvalorização e/ou negação de culturas e saberes ancestrais).

Brisa já tem três álbuns lançados e um EP. O primeiro, Newen, foi lançado em 2016.

“Eu só tinha lançado um disco, com boa vontade e muito rap” diz Brisa Flow sobre seu primeiro álbum

Filha de um casal de artistas e artesãos chilenos, Brisa Flow cresceu em um bairro periférico de Belo Horizonte. Lívia Nolla inicia a entrevista perguntando de que forma o rap entrou na sua vida e o impacto que o movimento lhe trouxe.

O rap nacional sempre foi pra mim um lugar de informação, onde aprendi muita coisa que não aprendi na escola, nem na televisão.

A artista revelou que suas influências musicais e culturais estão muito ligadas ao tempo-espaço, principalmente as músicas que aprendeu a ouvir com os pais, como a música andina. Com relação ao espaço, Brisa destaca o hip hop, onde se tornou artista.

Além de artista, Brisa Flow também é arte educadora | Foto: Divulgação

Brisa também é arte educadora, licenciada em Música. Seu trabalho, além da música, também é a pesquisa e a defesa da música indígena contemporânea, da arte dos povos originários e do rap como ferramentas necessárias para combater o epistemicídio.

Ouça o episódio na íntegra:

Sobre o ‘Vitrine’

Vitrine chega na grade da novabrasil para celebrar os novos talentos da música brasileira. Nomes expoentes da nossa música ganharão espaço e destaque na programação da rádio.

Apresentado por Lívia Nolla, pesquisadora musical e garimpeira de carteirinha, é no Vitrine que os ouvintes vão conhecer os artistas e os sons que estão se destacando na cena musical.

Confira a playlist oficial do programa:

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