Marcio Henrique de Matos Lopes, de 36 anos, faleceu na tarde desta terça-feira (19) após ser detido pela Polícia Militar por ser considerado foragido do sistema prisional. Segundo informações fornecidas pelos policiais, ele parecia estar sob o efeito de substâncias entorpecentes e, ao ser conduzido para a carceragem, teria sofrido um mal súbito. Apesar dos esforços de socorro, ele não resistiu.
Conforme apurado pela reportagem, uma equipe em patrulhamento pela avenida Brasília, por volta das 15h, avistou Lopes em frente a um hotel, no cruzamento com a rua José do Patrocínio. Ao notar a presença da viatura, o foragido teria se escondido em um gramado atrás de uma moita, na tentativa de se ocultar. No entanto, acabou abordado e demonstrava sinais de estar sob o efeito de drogas.
Lopes apresentava comportamento extremamente alterado, alternando entre momentos de agressividade, nervosismo e excesso de fala. Após consulta, foi constatado que ele estava cumprindo pena no regime semiaberto no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Lavínia. No entanto, ele não teria retornado no prazo estipulado após um período de saída temporária, o que resultou em sua detenção e encaminhamento para o plantão policial. Os policiais relataram que foi necessário fazer uso de algemas e força física, pois Lopes estava fora de controle.
No momento em que estava na delegacia, antes de ser conduzido para uma cela, ele teria tentado agredir os policiais ao arremessar um banco, mas foi contido. Posteriormente, já detido, enquanto aguardava o registro da ocorrência, um funcionário da delegacia notou que ele estava passando mal.
O delegado foi informado, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e, durante o deslocamento da equipe para a delegacia, um médico prestou orientações por telefone ao funcionário da delegacia sobre os primeiros socorros.
Ao chegar a ambulância, Lopes recebeu procedimentos de reanimação, foi entubado e transferido para o pronto-socorro da Santa Casa. Ele foi levado ao hospital sob escolta policial, porém, apesar dos esforços médicos, veio a óbito.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para realização de exame necroscópico e coleta de amostras de sangue para análises de dosagem alcoólica e toxicológica. O caso foi registrado como captura de procurado e morte súbita, sem causa determinante aparente.