O governo de São Paulo confirmou, nesta quarta-feira, 27, que a oferta da hemodiálise em Campinas será ampliada com 60 vagas. O anúncio ocorreu após uma reunião na capital paulista entre o prefeito, Dário Saadi, e o secretário estadual de Saúde, Eleuses Paiva. Na ocasião, eles discutiram o aumento da demanda por esse tipo de assistência na cidade.
Dário reivindicou, ainda, aumento de UTIs neonatais e pediátricas na região de Campinas, considerando-se a sazonalidade das doenças respiratórias. Com a chegada do outono, as unidades de saúde começaram a receber crianças com sintomas.
Oferta de hemodiálise
O prefeito foi acompanhado na reunião pelo secretário de Saúde em Campinas, Lair Zambon, e duas medidas foram definidas pelo governo do Estado:
- O Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp abrirá 20 vagas de hemodiálise nos próximos dias
- O HC também abrirá um terceiro turno de hemodiálise com outras 40 vagas
Dário e Zambon também pediram a disponibilização de vagas de hemodiálise em hospitais de Mogi Mirim e Itapira para absorver as necessidades de outros municípios da região, o que será analisado.
“Essa reunião foi extremamente importante e com decisões concretas na área da saúde. A ampliação do atendimento na hemodiálise é fundamental para o cuidado desses pacientes e a liberação de leitos que estão sendo ocupados nas unidades de urgência e emergência”, destacou o prefeito.
“O governo Tarcísio de Freitas é um governo de diálogo. Estamos ouvindo as demandas e, juntos, procurando estratégias para estarmos resolvendo os problemas. Até porque o objetivo do Estado e do Município é o mesmo, garantir uma assistência à saúde digna e de qualidade à nossa população. Eu acho que com esse objetivo, com certeza, trabalhando juntos, nós vamos alcançar e superar os problemas que hoje nós temos na região”, afirmou Paiva.
A média mensal de solicitações para hemodiálise era de 15,6 antes da pandemia de covid-19. Já de janeiro a outubro de 2023, este indicador aumentou para 28,5. O SUS Municipal dispõe de 253 cadeiras por meio de convênios com os hospitais PUC-Campinas e Beneficência Portuguesa e todas estão ocupadas.
No entanto, diante deste contexto e para garantir assistência a todos que precisam deste tratamento, a alternativa é a internação no período de espera. Nesta quarta há 18 pacientes nesta situação, sendo quatro deles de fora de Campinas, e há 16 em casa aguardando oferta ambulatorial. A consequência desta limitação é também a pressão por atendimentos em hospitais da Rede Mário Gatti, voltados aos casos de média e alta complexidade.
UTIs neonatal e pediátrica
O prefeito de Campinas também fez outros pedidos ao governo de São Paulo sobre aumento da oferta de leitos de UTI neonatal e de UTI pediátrica para Campinas. Neste caso, as solicitações também serão analisadas pelo secretário estadual de Saúde.