Ação da PM em Santos teve 188 tiros de fuzil e nenhuma prisão

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma ação da Polícia Militar que teve 188 tiros de fuzil disparados em Santos, no litoral paulista, terminou sem nenhum suspeito preso na tarde do último sábado (30). Os PMs teriam sido recebido a tiros por criminosos ao realizar uma incursão no morro Nova Cintra, na Vila Progresso, segundo informações da SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo.

Ninguém ficou ferido. Imagens do momento do tiroteio, que circulam nas redes sociais, mostram ao menos 11 homens correndo e se posicionando ao redor de uma área de mata, onde também há uma torre de energia.

Alguns deles usam uma viatura da PM como proteção. Enquanto isso, ao menos seis entram na mata e, depois, atravessam uma rua em meio aos tiros.

Os policiais teriam se deparado com três criminosos, que conseguiram fugir, segundo a SSP. “Diligências prosseguem para localizar os autores”, informou a secretaria.

O boletim de ocorrência registrou que os PMs dispararam 188 vezes, ao todo, segundo a Polícia Civil. O caso foi registrado como disparo de arma de fogo e tentativa de homicídio.

A incursão fez parte da Operação Verão, que já deixou ao menos 55 mortos pela PM na Baixada Santista desde o início de fevereiro. O efetivo da Verão ganhou reforços após a morte do soldado Samuel Wesley Cosmo, 35.

A última morte da operação confirmada pela SSP foi a de Edneia Fernandes Silva, 31, mãe de seis filhos que estava estudando para ser enfermeira.

Somada a duas operações Escudo que ocorreram no ano passado, que deixaram um total de 36 vítimas, o total de mortos em operações policiais na Baixada Santista já passou de 80 em menos de um ano. O número de pessoas mortas por policiais na região dobrou no primeiro bimestre, em relação a janeiro e fevereiro do ano passado.

Sobre o aumento da letalidade policial, a SSP afirma que “o confronto não é uma escolha dos policiais, mas uma violenta ação dos criminosos em reação às operações de combate ao crime, especialmente ao crime organizado” e que as operações “têm apresentado expressivos resultados, como a prisão de importantes líderes de facções criminosas e apreensão de armas utilizadas para atacar policiais”. A pasta tem destacado que houve aumento na quantidade de pessoas presas e armas apreendidas.

Redação / Folhapress

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