(UOL/FOLHAPRESS) – Depois da vitória de Carlos Sainz no GP da Austrália, a Fórmula 1 faz sua segunda corrida seguida na madrugada brasileira, agora no Japão. A corrida, tradicionalmente disputada entre o final de setembro e o começo de outubro, pulou para o início da primavera no hemisfério norte.
Mas as incertezas relacionadas ao clima são as mesmas de sempre: a região da pista de Suzuka tem alterado dias com temperaturas amenas, na casa dos 16ºC e sol e muita chuva.
Max Verstappen chega como o favorito para a corrida. Ele sofreu uma quebra na última etapa, mas vem de duas vitórias fáceis em Suzuka em 2022 e 2023.
COMO ACOMPANHAR O GP DO JAPÃO:
Quinta-feira, 4 de abril
Treino livre 1,das 23h30h às 00h30: BandSports/BandPlay/Site da Band
Sexta-feira, 5 de abril
Treino livre 2, das 3h às 4h: BandSports/BandPlay/Site da Band
Treino livre 3, das 23h30h às 00h30: BandSports/BandPlay/Site da Band
Sábado, 6 de abril
Classificação, das 3h às 4h: Band/BandSports/BandPlay/Site da Band
Domingo, 7 de abril
Corrida, a partir das 2h: Band/BandPlay/Site da Band e Rádio Bandeirantes e BandNewsFMCIRCUITO DE
SUZUKA
Distância: 5.807m
Recorde em corrida: 1min30s983 (Lewis Hamilton, Mercedes, 2019)
Número de voltas: 53
DRS – 1 zonaDeteção após a curva 15 (130R)Ativação na reta principal
Pneus disponíveis: C1 (duros), C2 (médios) e C3 (macios)
Resultado em 2023
Pole position: Max Verstappen (HOL/Red Bull) – 1min28s878
Pódio:1º Max Verstappen (HOL/Red Bull) – 1h30min582º Lando Norris (ING/McLaren) +19s3873º Oscar Piastri (AUS/McLaren) +36s494
CARACTERÍSTICAS DA PISTA DO JAPÃO
Muito desafiadora, com curvas de alta velocidade e muros próximos para um circuito permanente, Suzuka é uma das pistas prediletas dos pilotos. Os trechos que mais se destacam são a sequência de esses em subida, com vários pontos cegos, no primeiro setor, as duas curvas Degner, que costumam jogar os carros que vêm rápidos demais para fora, e a 130R, ainda que esta última venha sendo feita com pé embaixo na maioria das situações.
Para segurar o carro nas curvas de alta velocidade, é preciso aumentar o nível de downforce no carro, mesmo que isso vá prejudicar nas retas (que, por sua vez, não são longas). É importante que o carro esteja neutro principalmente para a primeira parte da volta, com uma sucessão de mudanças de direção em alta velocidade.
Depois dos pneus terem sofrido com o desgaste físico, por meio de granulamento, na última corrida na Austrália, a expectativa é de que o grande problema seja o superaquecimento no Japão. Esse é geralmente o fator limitante na maioria das provas da temporada e é no gerenciamento das temperaturas que está a grande vantagem da Red Bull nos últimos anos.
CURIOSIDADES SOBRE O GP DO JAPÃO
A pista de Suzuka foi construída como banco de testes para a Honda nos anos 1960. Originalmente um trecho cruzaria outro por meio de pontes três vezes. Mas, no desenho final, isso só acontece uma vez, dando o formato característico de um número 8 à pista. É o único circuito do calendário em que isso acontece.
A última fatalidade na Fórmula 1 ocorreu após um acidente sob chuva nas voltas finais do GP de 2014. Jules Bianchi sofreu lesões cerebrais após se chocar com um trator que fazia a remoção de outro carro, ficou em coma e morreu oito meses depois. Jovem promessa da academia da Ferrari, Bianchi era padrinho de Charles Leclerc.
Os pilotos japoneses tiveram apenas três pódios em sua história na Fórmula 1, mas curiosamente dois deles foram conquistados em Suzuka. O primeiro foi o de Satoru Nakajima, em 1990, em uma corrida histórica também para o Brasil, com a última dobradinha do país na F1 (com Nelson Piquet e Roberto Moreno, no dia do bicampeonato de Ayrton Senna). E o segundo foi conquistado por Kamui Kobayashi, com a Sauber, em 2012.
JULIANNE CERASOLI / Folhapress