RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A novela “Renascer” chega à casa dos 70 capítulos (estão previstos 213 no total) e Jackson Antunes diz que ainda se surpreende com a forma como Bruno Luperi conduz a nova versão da trama original de seu avô, Benedito Ruy Barbosa, exibida há 31 anos.
“Que trama belíssima. Fala-se tanto no fim da telenovela e, quando menos se espera, vem essa coisa primorosa. É sucesso porque está arraigada na vida do brasileiro. E não tem jeito: falou de Brasil, acerta na veia”, explica.
Aos 63 anos, Jackson não esconde o orgulho de estar de novo no elenco e, mais uma vez, fazer parte de seu sucesso na audiência. Diz que gosta de assistir à novela em casa, vibra com as atuações dos colegas de cena e reforça a sorte de poder contracenar novamente com Marcos Palmeira e Almir Sater.
“São pessoas maravilhosas e amigos que a vida e a arte me de deram”, diz o ator, que também destaca novas amizades feitas nos bastidores: “Xamã, Juan Paiva e essa florzinha que é a Samantha Jones (a intérprete de Zinha). É muita gente incrível”, comenta.
Jackson diz que tem recebido muitos elogios nas ruas pela atuação como o peão Deocleciano, personagem importante da novela, com muito tempo de tela em todos os capítulos.
Com pouco mais de 1,6 milhão de seguidores no Instagram, ele se vê como um ator “acessível”, pouco dado a estrelismos. Do que gosta de interagir com fãs e chega ao ponto de passar seu número de WhatsApp para alguns deles, a quem chama de “colegas”.
“Teve um colega que foi lá em casa um dia tomar café. Também têm pessoas que me mandam áudio e perguntam: ‘É o senhor mesmo que está falando?’. Sou eu mesmo! Claro. Eu acho que tenho que ser acessível para todo mundo”, afirma. Volta e meia, conta o ator, alguém o alerta para o perigo que pode estar correndo ao abrir sua casa para estranhos.
“Não tenho medo, não. As pessoas são mais boas do que perigosas. Nós não nascemos para ficar com medo um do outro. Deus não fez a gente para andar desconfiado de todo mundo ou assombrado pelas ruas achando que vai levar um tiro. Nada é dirigido a ninguém, tudo é circunstância”, reflete o ator, para logo completar: “Não tem coisa mais doentia, mais terrível, do que a gente viver angustiado, com medo da próxima esquina, se vai acabar o dinheiro, se vai ter emprego novamente. A vida, em si, já basta” .
ANA CORA LIMA / Folhapress