SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Guia Michelin anunciou um símbolo para a classificação dos melhores hotéis do mundo. Os estabelecimentos receberão “chaves” de reconhecimento com base em cinco critérios avaliados pela equipe, como arquitetura, qualidade do serviço e contribuição para o bairro em que está localizado.
A seleção começou a ser divulgada no último dia 8, sendo que a primeira traz 189 hotéis e acomodações que receberam chaves na França. Assim como um restaurante classificado pela Michelin, um hotel pode ganhar uma, duas ou três chaves.
Veja as posições:
– Uma chave: estadia muito especial
– Duas chaves: estadia excepcional
– Três chaves: estadia extraordinária
Avaliadores anônimos fazem visitas nos estabelecimentos e as chaves podem ser concedidas após uma única ida ou várias estadias. Conforme o Guia, há cinco critérios universais de avaliação: arquitetura e design de interiores, qualidade e consistência do serviço, personalidade e caráter gerais, valor e contribuição significativa para o bairro ou ambiente.
O site do Guia Michelin já apresenta uma plataforma de reserva com mais de 5.000 hotéis boutique em 120 países. A empresa fez sua primeira grande investida na área em 2018, quando adquiriu a agência de viagens online Tablet, que selecionava hotéis com base em avaliações anônimas semelhantes às do Michelin.
A partir de 2024, as chaves serão anunciadas por país. As próximas divulgações serão de hotéis na Itália, Espanha, Estados Unidos (Atlanta, Califórnia, Chicago, Colorado, Flórida, Nova York e Washington DC) e Japão.
RESTAURANTES
A empresa é famosa pelas avaliações de restaurantes, nos quais os estabelecimentos são classificados com até três estrelas Michelin pela excelência. O guia foi criado pelos irmãos Edouard e André Michelin em 1900, na França, com informações de onde abastecer e consertar o carro, onde comer e se hospedar. As primeiras estrelas foram concedidas em 1926.
Embora seja considerada a máxima honra culinária, ganhar ou perder uma estrela pode ter efeitos dramáticos nos negócios. Nos últimos anos, restaurantes e chefs têm desistido, dizendo que as estrelas vêm com uma pressão enorme de manter padrões para a elite gastronômica. O chef francês Sébastien Bras pediu para ser excluído do Guia Michelin de 2018, após manter três estrelas por mais de uma década em seu restaurante Le Suquet na França.
ISABELA BERNARDES / Folhapress