Empresário é preso por suspeita de estupro e violência contra mulheres no Recife

RECIFE, PE (FOLHAPRESS) – O empresário Rodrigo Carvalheira, 34, foi preso, na manhã desta quinta-feira (11), por suspeita de estupro e violência contra mulheres. A prisão aconteceu em um prédio no bairro de Boa Viagem, na zona sul do Recife. Ele nega as acusações e diz que é inocente.

O homem foi levado para a Delegacia da Mulher da Polícia Civil de Pernambuco. A Folha apurou que, na delegacia, Carvalheira ficou em silêncio, um direito dado pela Constituição, e alegou que irá se pronunciar apenas perante a Justiça. Ele passará por audiência de custódia em até 24 horas após a prisão preventiva.

A Polícia Civil confirmou que a prisão ocorreu dentro das diligências da investigação de casos de crimes contra mulheres, por meio de nota. A prisão foi decretada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco.

Rodrigo Carvalheira é empresário do ramo de restaurantes e empreendimentos imobiliários. Ele é ex-secretário de Turismo de São José da Coroa Grande, cidade localizada no litoral sul pernambucano. A família dele é ligada à produção de eventos privados em Pernambuco.

O empresário também tem ligação com a política e já foi presidente em Pernambuco do antigo PTB, que se fundiu ao Patriota e formou o PRD em 2023.

A Polícia Civil não divulgou o nome das mulheres que denunciaram Rodrigo Carvalheira.

As mulheres que denunciaram são pessoas do mesmo círculo de amizade de Rodrigo Carvalheira, segundo a polícia. Elas não tiveram os nomes divulgados.

O empresário realizou exame de corpo de delito e foi levado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna, em Abreu e Lima, na região metropolitana do Recife.

Pela manhã, Carvalheira saiu da delegacia acompanhado da esposa. “Sou inocente. São muito minhas amigas e eu acho incrível que está acontecendo isso”, disse à imprensa ao deixar o local.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco informou que casos que tratam de violência doméstica e sexual contra a mulher correm em segredo de Justiça, com o objetivo de preservar a intimidade da vítima. Por isso, a Corte anunciou que não pode divulgar informações sobre as decisões, ficando o acesso aos dados limitado apenas às partes envolvidas e aos advogados.

Em nota, a defesa de Rodrigo Cavalheira disse que “os fatos narrados são graves, porém baseados unicamente na opinião da autoridade policial e na coleta de depoimentos”.

“Rodrigo, ao longo dos últimos meses, se colocou a disposição da autoridade policial para prestar esclarecimentos e colaborar com a polícia. Seu objetivo sempre foi provar sua inocência e esclarecer os fatos confusos. Rodrigo pediu para ser ouvido de forma espontânea na delegacia, mas a delegada que preside o inquérito não aceitou o pedido”, diz texto da advogada Graciele Queiroz.

A defesa também frisou que “todos os fatos serão esclarecidos e a inocência de Rodrigo restará provada”.

JOSÉ MATHEUS SANTOS / Folhapress

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