PORO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – Policiais civis invadiram uma casa por engano em uma operação em Goiás durante o cumprimento de um mandado judicial.
No começo da manhã de quinta-feira (11), em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana de Goiânia, agentes da Polícia Civil arrombaram o portão de uma residência e surpreenderam os moradores. A corporação disse que eventuais abusos ocorridos na operação já estão sob apuração interna.
Um vídeo mostra o momento em que policiais civis discutem com uma moradora. Uma das agentes da operação aponta uma arma para a mulher, que está filmando a operação.
Durante a discussão, a moradora questiona a ação da polícia e o estado que deixaram o portão de sua casa após a abertura forçada.
“Você acordou meu filho de dois meses, e minha filha de nove anos está chorando”, disse ela aos policiais. “Você acordou”, retrucou um agente.
Logo em seguida, a policial que apontava a arma tenta tirar o celular das mãos da mulher, que reage: “tira a mão de mim”.
Ela também diz que quer ir na frente de casa chamar sua advogada para o esclarecimento da situação.
Quando um policial lê o nome do alvo do mandado, os moradores questionam quem é aquela pessoa. Ao perceber o erro, os agentes policiais recuam. “Vocês vão entrar em uma enrascada grande, pode filmar isso aí”, disse outro morador da casa.
Após os policiais perceberem o engano, a mulher disse que queria a identificação de todos os envolvidos, e questionou a atuação das forças de segurança.
Também reclamou da ação física da agente que apontou a arma e tentou tirar seu celular. “Ela meteu a mão no meu pescoço”, disse. A policial responde então que terá que ser feito o exame de corpo de delito.
A discussão se intensificou novamente quando o morador disse que houve falta de profissionalismo dos policiais. Um agente argumentou, elevando a voz, que estava seguindo ordens, enquanto segurava a documentação do mandado, e outro mandou o morador “baixar a bola”. O vídeo acaba quando a moradora tenta pegar os documentos da mão do agente.
Em nota, a Polícia Civil afirmou que “os mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos dentro da legalidade, conforme deferimento de ordem judicial, sendo o alvo da operação localizada e presa”.
“Eventuais abusos cometidos durante a operação já estão sendo objeto de apuração pela Superintendência de Correições e Disciplina da PCGO”, conclui o texto.
CARLOS VILLELA / Folhapress