Veterinário preso por canil clandestino é solto em audiência de custódia

Gabriela Lamas (sob supervisão)
Gabriela Lamas (sob supervisão)
Estudante de jornalismo na Universidade PUC-Campinas.
Foto: Leandro Ferreira

O veterinário preso por maus-tratos, em Campinas, foi solto pela justiça. A liberdade provisória foi concedida em audiência de custódia realizada na tarde desta sexta-feira, 12. No entanto, o profissional precisa comparecer semanalmente ao fórum para informar e justificar as atividades, além de não poder deixar a casa a noite e nem deixar a cidade sem autorização judicial.

O homem de 48 anos foi preso ontem, após ser flagrado com 74 animais que eram mantidos em condições insalubres. Segundo a polícia, o veterinário praticava a venda de cães e mantinha os animais em um canil clandestino localizado no bairro Recanto dos Dourados.

Todos os animais passaram por atendimento médico veterinário e os silvestres foram encaminhados para órgãos de proteção, no entanto, os cães ficaram sob responsabilidade do próprio veterinário, como fiel depositário. Isso significa que ele tem que manter os animais em boas condições e não pode vender ou doar nenhum deles até o término do processo.

O caso

A ação teve início na manhã de quinta-feira, 11, e se estendeu durante toda a tarde. Na casa, haviam 60 cães de raças variadas, entre matrizes e filhotes, além de 10 pássaros silvestres, dois jabutis, um tucano, três papagaios um macaco-prego, dois saguis e dois saruês. Um sagui está paraplégico.

A veterinária Bianca Mendes, que acompanhou o resgate dos animais afirmou que a situação no local era visivelmente precária. Segundo ela, as aves eram alimentadas apenas com sementes de girassol e mantidas em gaiolas pequenas, sujas e sem água. Enquanto os cães eram mantidos em espaços de, no máximo, 60 centímetros, com cheiro forte. Os cães também não tinham água disponível e não tomavam sol.

O delegado Elton Costa, responsável pelo caso, afirmou que no dia 05 de abril a Vigilância Sanitária esteve no local e verificou que haviam irregularidades. Na ocasião, o órgão lacrou o local e impediu o atendimento, determinação que teria sido desrespeitada pelo veterinário.

Foto: Leandro Ferreira

Durante a fiscalização, foram encontrados documentos com valores da venda dos animais. Porém, o veterinário negou a prática. Apesar disso, o delegado afirma que também foram encontrados documentos de uma tentativa de registro que autorizaria a venda.

*Supervisão Marcela Gomes

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