A secretaria de Obras Públicas solicitou o aditamento no contrato para a construção do corredor de ônibus do quadrilátero central. O prazo de entrega das obras será estendido em mais 120 dias, para que os serviços de substituição das galerias de águas pluviais afim de melhorar a drenagem e a implantação de novas redes de água e esgoto, sejam realizadas.
“As redes de água, esgoto e gás tem mais de 50 anos, são antigas, e precisam ser totalmente substituídas. Este serviço, acabou atrasando o andamento das obras do corredor”, disse o secretário Pedro Pegoraro.
Além dos sistemas de saneamento básico, a rede de distribuição de gás está sendo adequada às novas diretrizes viárias, com rebaixamento e realocação adequados.
As obras de implantação do Corredor de Ônibus do Quadrilátero Central, importantes para trazerem mais mobilidade e fluidez, vêm sendo executadas em duas importantes vias do Centro: as ruas Barão do Amazonas e Visconde de Inhaúma.
Fluidez na região Central
O Corredor de Ônibus do Quadrilátero Central é um dos mais importantes do município, interligando outros corredores ao Terminal Urbano Dra. Evangelina de Carvalho Passig, passando pelas avenidas Jerônimo Gonçalves e Francisco Junqueira, e por quatro ruas do Centro, sendo que na Visconde de Inhaúma e Barão do Amazonas, interligará a avenida Francisco Junqueira à Nove de Julho, e na Florêncio de Abreu e Lafaiete, a Jerônimo Gonçalves à av. Independência.
Os sete quilômetros de extensão do corredor passarão por 90 quarteirões, sendo que 50% já estão com asfalto novo, de alta resistência, para suportar o peso dos veículos.
Em cada quarteirão serão implantados piso podotátil com objetivo alertar aos usuários sobre possíveis obstáculos e ainda indicar o caminho aos pedestres com deficiência visual e rampas de acessibilidade nas esquinas, sendo que aproximadamente metade destes serviços já foi concluído.
O corredor do Quadrilátero Central faz parte do programa Ribeirão Mobilidade, criado em 2017, que abrange 30 grandes obras viárias para melhorar o trânsito e o transporte coletivo em toda a cidade.
São 11 corredores de ônibus que se interligarão, unindo a cidade de ponta a ponta por uma malha viária de 56 km de extensão.
Cerca de 3 milhões e 500 mil passageiros de ônibus serão beneficiados mensalmente, além de cerca de um milhão de veículos de Ribeirão Preto e da região que circulam pela cidade.
O Comitê de Acompanhamento das Obras de Mobilidade, em Ribeirão Preto, entende que surpresas podem acontecer ao longo das obras, no entanto, lamenta profundamente e manifesta indignação com a prorrogação do prazo de término da implantação de corredores de ônibus na região central por mais 120 dias. Essa medida cai como uma bomba sobre os empreendedores do Comércio que já estão amargando enormes prejuízos e *verão o calendário sazonal varejista ser novamente prejudicado com queda de vendas e de faturamento*.
Mais do que nunca a Secretaria de Obras precisa esclarecer a situação, em detalhes, e dar transparência às informações sobre o assunto e ao cronograma de execução das obras.
No último mês de fevereiro, o Comitê de Acompanhamento entregou ao prefeito Duarte Nogueira um *Plano de Ação* com medidas para minimizar os impactos negativos. Um dos itens prevê a interrupção das obras de mobilidade nas vésperas de datas comemorativas do Varejo. Outro tópico prevê a adoção de procedimentos que facilitem o acesso dos consumidores às lojas. Também é preciso um plano eficiente de organização do trânsito no centro, que tem sido caótico.
Com esse novo cenário, ainda mais problemático, o Comitê de Acompanhamento está atualizando o referido Plano de Ação que será encaminhado em caráter de urgência à Prefeitura de Ribeirão Preto. Será preciso um esforço ainda maior de todas as partes envolvidas nesse processo para garantir a sobrevivência do Comércio Varejista do centro e da Av. Nove de Julho.
O Comitê também já solicitou uma *reunião de emergência* com Secretaria de Obras, RP Mobi e Construtora DGB, para discutir o *agravamento dos impactos das obras no centro de Ribeirão Preto* ao Comércio Varejista e setor de serviços.
Liderado por *SINCOVARP (Sindicato do Comércio Varejista), CDL RP (Câmara de Dirigentes Lojistas) e SINCOMERCIÁRIOS (Sindicato dos Empregados do Comércio)*, o Comitê de Acompanhamento reúne *23 entidades* de classe e movimentos setoriais, e mais de *80 empresários e moradores* diretamente impactados pelas obras de mobilidade.