SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O estado de São Paulo atingiu a marca de 305 mortes por dengue nesta terça-feira (16). Outras 618 mortes estão em investigação.
Ao todo, o estado contabiliza 600.135 casos confirmados da doença e 1.269.410 notificados.
Os dados são do painel de monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde até o dia 16 de abril.
Dos casos totais, 7.048 representam sinal de alarme e 749 evoluíram para o estágio grave da doença.
Alguns dos sinais de alarme são: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, queda de pressão arterial, aumento do tamanho do fígado, letargia ou irritabilidade, acúmulo de líquidos em cavidades corporais (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico), aumento progressivo do hematócrito e hipotensão postural (tontura ao levantar).
Até o momento, a cidade de São Paulo registra a maior quantidade de mortes pela doença (39), seguida por Guarulhos (26), na região metropolitana, Jacareí (20) e Taubaté (15).
Somente 10 dos 96 distritos administrativos da cidade de São Paulo não possuem uma incidência elevada de dengue. A incidência considerada para ser declarada epidemia, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), é a superior a 300 casos por 100 mil habitantes.
Em todo o país foram registrados, até esta terça (16), 1.385 mortes e 3.289.639 casos prováveis de dengue em 2024.
Apesar da situação de emergência, o país tem uma baixa procura pela vacinação. Por causa disso, o Ministério da Saúde ampliou a quantidade de municípios que deveriam receber vacinas.
De acordo com a pasta, 13 estados brasileiros vivem um cenário de estabilidade na incidência de dengue, e o Distrito Federal e oito outras unidades da federação têm tendência de queda. Os dados foram divulgados na última terça (16). São Paulo é um dos locais que têm incidência estável.
Hoje é recomendada a imunização de crianças de 10 a 14 anos contra a dengue no Brasil, de acordo com critérios de recomendação também da OMS.
A dengue é uma das doenças que tem causado a lotação de UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) na capital paulista. Pacientes aguardam horas para conseguirem atendimento.
Redação / Folhapress