SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Real Madrid venceu o Manchester City nos pênaltis por 4 a 3, após empate por 1 a 1 no tempo normal, nesta quarta-feira (17), no Etihad Stadium, pelo jogo de volta das quartas de final da Liga dos Campeões.
Bernardo Silva e Kovacic perderam pênaltis pelo City. Modric teve cobrança defendida por Ederson, enquanto Bellingham, Lucas Vázquez, Nacho e Rüdiger converteram para o Real.
Rodrygo e De Bruyne fizeram os gols do jogo no tempo normal. O brasileiro do Real abriu o placar aos 12 minutos do primeiro tempo, e o belga do City empatou aos 31 da segunda etapa.
O resultado colocou o Real Madrid na semifinal. As duas equipes haviam empatado por 3 a 3 na ida, na semana passada.
O Real Madrid enfrentará o Bayern de Munique na semifinal. O time alemão conquistou vaga após vencer o Arsenal por 1 a 0 na Allianz Arena, em Munique. A Uefa ainda não divulgou tabela detalhada, mas sabe-se que os jogos acontecerão nas semanas de 30 de abril e 7 de maio.
COMO FOI O JOGO
Diferentemente do que ocorreu em Madri, o City pôde entrar com time completo. Guardiola promoveu três alterações em relação à equipe que empatou por 3 a 3 na ida: entraram Ederson, Walker e De Bruyne no lugar de Ortega, Stones e Kovacic. Todos ficaram de fora na ida por problemas físicos – os dois primeiros por lesões, e o meia belga passou mal antes do jogo. Já o Real Madrid fez uma única mudança, forçada: Nacho substituiu o suspenso Tchouaméni na zaga.
Real começou o jogo à la City e não demorou a abrir o placar. O time de Guardiola normalmente é associado a posses de bolas longas e à paciência para jogar. No entanto, foi a equipe espanhola quem controlou o jogo nos primeiros 12 minutos. O primeiro chute do jogo foi merengue, e o primeiro gol também. Rodrygo finalizou jogada com toque de Bellingham, Valverde e Vinicius Jr, colocando os visitantes em vantagem no placar agregado.
City se viu em desvantagem e acelerou o jogo. O time de Guardiola parecia conformado com o jogo estudado e cadenciado dos primeiros minutos, mas a postura mudou após o 0x1. O time inglês tomou o controle da posse e finalizou 11 vezes no primeiro tempo. As melhores chegadas foram com Haaland – mais ativo que no jogo de ida – e De Bruyne. A defesa do Real resistiu com firmeza e, no único lance que não pôde fazer nada, contou com ‘ajuda’ da trave.
O time inglês controlou a bola no segundo tempo. O domínio do City nas ações ofensivas se amplificou. A performance defensiva do Real era irretocável até os 30 minutos. Contudo, a entrada de Doku trouxe mais drible aos donos da casa e desbloqueou novas possibilidades. Foi em jogada iniciada por ele que De Bruyne empatou o jogo e o placar agregado. O meia teve chances de fazer seu segundo gol no duelo, mas não conseguiu. Assim, a partida se encaminhou para 30 minutos extras.
Substituições importantes na prorrogação. Os dois técnicos abriram mão de jogadores de renome. Guardiola trocou Haaland por Julián Álvarez antes do início do tempo extra, e tirou De Bruyne para colocar Kovacic aos 6 da segunda metade. Já Ancelotti substituiu Vinicius Jr por Lucas Vázquez ainda no primeiro tempo.
Dinâmica de jogo parecida, mas Real voltou a gerar perigo. O time de Ancelotti continuou a priorizar a marcação na prorrogação, fechando-se em linhas baixas e compactas. O City seguiu propondo jogo, mas, desgastado fisicamente, cedeu mais espaços que nos 90 minutos regulamentares. A grande chance do tempo extra foi da equipe espanhola, desperdiçada por Rüdiger.
LANCES IMPORTANTES
0x1, Rodrygo aos 12′ do 1ºT. Carvajal deu chutão para o ataque, Bellingham controlou a bola e iniciou jogada com Valverde. O uruguaio encontrou Vinicius Jr, que cruzou na área. Rodrygo bateu de primeira, Ederson fez ótima defesa, mas a bola sobrou novamente para o atacante brasileiro. Dessa vez o goleiro do City não conseguiu evitar.
Na trave. O City ficou muito perto de igualar o confronto aos 18 minutos. De Bruyne jogou na área, e Lunin espalmou de volta para o belga. No segundo cruzamento, Haaland subiu mais que Valverde e cabeceou. A bola tocou no travessão e se apresentou para Bernardo Silva. O português não conseguiu fazer o movimento de chute e desviou para fora.
De Bruyne buscando jogo. Aos 27, o belga saiu da esquerda para a direita, deu opção de passe para Rodri e recebeu. O meia arriscou da entrada da área. Lunin se esticou e espalmou para a linha de fundo.
Quase gol olímpico. De Bruyne assustou o Real Madrid aos 44 minutos. O belga cobrou escanteio direto no gol, com curva sinuosa. Lunin espalmou de leve, a bola raspou na trave e saiu pela linha de fundo.
Nacho foi de quase vilão a salvador. O City teve uma de suas melhores oportunidades aos 6 do segundo tempo. De Bruyne enfiou para Haaland, mas Nacho ganhou na corrida. O problema foi que o espanhol, ao desviar, tirou do caminho de Lunin e mandou para o rumo das redes. O próprio zagueiro conseguiu consertar a lambança e mandou pela linha de fundo.
1×1, De Brunye aos 31′ do 2ºT. Craque e oportunista. Doku recebeu na ponta esquerda, driblou Valverde e cruzou antes de Carvajal dobrar a marcação. Rüdiger afastou mal e a bola sobrou nos pés do camisa 17 do City. O belga chutou forte e empatou.
Duas chances para virar o nome do jogo. De Bruyne tomou o protagonismo da partida para si. Aos 33, o meia arriscou da entrada da área com o pé esquerdo, forçando ótima defesa de Lunin. Quatro minutos depois, a oportunidade se apresentou perto da marca do pênalti. Dessa vez o craque do City pegou mal e mandou por cima do gol.
Walker barrou Vini Jr. O Real teve rara chegada aos 10 do primeiro tempo da prorrogação. Modric acionou o brasileiro, que dominou e saiu à frente da marcação. O lateral do City se recuperou no lance, ganhou na disputa física e colocou o corpo entre Vinicius e a bola. O lance foi o único do camisa 7 antes de ser substituído por Lucas Vázquez.
Bola certa no pé errado. O Real teve grande chance para retomar a vantagem aos 17. Uma cobrança de escanteio sobrou na ponta esquerda para Brahim Díaz. O meia viu Rüdiger livre na área e acertou cruzamento. O zagueiro dominou, mas precisou finalizar com o pé ruim e pegou mal. A bola passou por cima do gol.
Redação / Folhapress